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Exposição homenageia artista plástico sergipano

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A Roda da Fortuna é um dos trabalhos
do artista plástico Antônio Maia
 
A exposição?O Tarô de Antonio Maia?, aberta no último dia 10 no Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro tem curadoria do crítico Geraldo Edson de Andrade e presta um tributo ao artista que, em 9 de outubro deste ano, completaria 80 anos.  A mostra fica em cartaz até o próximo dia 19.

Antonio Maia nasceu em 1928 na cidade de Carmópolis, Sergipe. Desde 1948 encontrava-se radicado no Rio de Janeiro, onde faleceu em 12 de julho último.

A mostra reúne 22 telas de grandes dimensões representando os Arcanos Maiores do Tarô, um dos trabalhos mais densos do pintor, fruto do grande interesse que o assunto nele despertava. Nas telas, a sua visão pessoal dos arcanos e dos elementos míticos. Essa versão plástica do Tarô de Antonio Maia é original e instigante, e leva o espectador a penetrar nos mistérios do seu simbolismo.

As telas foram expostas pela primeira vez na antiga Galeria Bonino, no Rio de Janeiro, em 1993. Sua realização custou ao artista mais de seis anos de trabalho e possibilitou a inclusão de novos elementos plásticos à sua obra, integrando a pintura ao esoterismo evidente da proposta.

Segundo Geraldo Edson, ?quem teve o privilégio de conhecer e conviver com Antonio Maia, sabia de seu eterno otimismo diante da vida e da arte, de seu crescente interesse pelas ciências ocultas e pelo esoterismo, e de seus estudos e pesquisas em tomo do assunto. Não era entusiasmo de um curioso, mas sim de quem investigou e quis entrar com profundidade no âmago da questão, nos mistérios ocultos que traçam o destino do homem em sua passagem pela Terra?.

Sobre o artista
Com mais de 50 anos de carreira, Antonio Maia participou de salões de arte, despertou a atenção da crítica e se firmou como um dos mais expressivos pintores figurativos brasileiros. Além de outras premiações, conquistou, em 1969, o prêmio Viagem ao Estrangeiro, no Salão Nacional de Arte Moderna, graças ao qual residiu por dois anos em Londres, Genebra e Barcelona. Expôs não só nessas cidades como em Paris, Munique, Palma de Mallorca, Ontário e Bankcok, dentre outras.

Historicamente, Antonio Maia foi  um dos nossos primeiros artistas a decodificar o sentido religioso do ex-voto, uma peça ligada à religiosidade popular e bastante difundida, especialmente na região nordestina, que assume na sua pintura caráter erudito, ao mesmo tempo simbólica, antropológica e plástica.

Talvez por suas raízes nordestinas, a empatia do artista com o objeto temático tenha sido razão fundamental para que sua pintura exerça inusitado interesse por parte do espectador, que nela se vê refletido, tal qual uma pessoa quando se olha no espelho nas manhãs da vida. Não há pintor mais brasileiro nessa dualidade entre identidade cultural e criação artística.

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