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Prefeito de Campo Maior é acusado de empregar 40 parentes

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O promotor do Ministério Público Estadual, Ruzvel Lima Verde, recebeu na manhã desta segunda-feira (8) uma denúncia de nepotismo praticado em Campo Maior, 78 quilômetros ao norte de Teresina. Uma lista com a folha de pagamento de órgãos municipais foi apresentada ao Ministério Público, que passará a investigar o caso. Joãozinho Félix teria empregado 40 parentes.

Pela denúncia, os casos seriam tanto de nepotismo direto, com empregos na prefeitura e secretarias, como de nepotismo cruzado, com parentes servindo à Câmara Municipal de Campo Maior. Nesses casos, na tentativa de se evitar o nepotismo, um político emprega seu filho, por exemplo, em outro órgão de administração pública que não está sob sua responsabilidade. São mais comuns casos no legislativo, onde vereadores e deputados trocam parentes em seus gabinetes.

De acordo  com Ruzvel, essa foi a primeira denúncia recebida pelo MPE desde a decisão do Supremo Tribunal Federal - STF - de proibir o nepotismo nos cargos públicos, e a tendência é que, caso os gestores continuem com os parentes no emprego, essas denúncias aumentem nas próximas semanas. "Após a publicação da súmula do STF sobre o nepotismo, vamos investigar todos os casos", declarou.

Defesa
Irmã de Joãozinho Felix e secretária de Finanças de Campo Maior, Rosário Felix nega que existam mais do que 10 parentes do prefeito ocupado cargos na Prefeitura sem concurso público. Ela disse ainda que até o final desta semana será publicado decreto do prefeito sobre a exoneração dos parentes de gestores. "Ele já enviou uma circular para os secretários e ainda não tenho como precisar quantos serão exonerados", afirmou.

Rosário disse ainda ao Cidadeverde.com que Joãozinho tem apenas ela e a irmã Gardênia, secretária de Saúde, ocupando secretarias, o que é permitido pela súmula vinculante do STF. Ela disse que o principal problema das administrações públicas é a colocação de parentes que não sejam aptos para os cargos. "Você colocar um parente que não tenha competência para administrar, isso é irresponsabilidade", declarou, atribuindo a denúncia às eleições de outubro.

Fábio Lima
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