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Voto de Silas gera polêmica na internet e deputado esclarece

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O deputado federal Silas Freire (PR) informou ao Cidadeverde.com, nesta quinta-feira (01), que votou contra a maioria das alterações no projeto do pacote anticorrupção, que foi aprovado em sessão extraordinária na Câmara dos Deputados, na madrugada do último dia 30. No entanto, o site da Câmara mostra que dos doze itens das emendas específicas que foram votados no dia, o deputado votou “sim” pela alteração de nove propostas e “não” para duas. 

Em apenas uma das votações, o deputado não aparece na lista de votação e afirmou que não se absteve, mas apenas não estava em plenário no momento da votação. No entanto, a votação do deputado foi alvo de críticas, já que as pessoas entendem que ele votou por alterações. 

Silas Freire argumentou que as perguntas feitas no texto sobre “como vota” cada deputado e cada partido em alguns momentos questiona sobre a manutenção do texto original e em outros sobre a alteração do modelo original, que foi encaminhado pelo Ministério Público Federal.

“Todas as alterações eu votei contra. Eu só votei a favor da emenda do PDT, que não é uma alteração ao projeto. A votação sim muitas vezes é contra a mudança no texto. Às vezes, você vota sim para suprimir e às vezes sim, contra a supressão. Você tem que olhar, quem vota sim, vota para não tirar do texto, aí eu votei oito vezes para continuar o mesmo texto. Na hora da emenda, você vota a favor da emenda ou não, e eu votei sim. Aí tem algumas votações que dizem assim: você vota sim para ficar com o texto original, você vota não para alterar o texto, então todas as vezes que eu votei sim foi para ficar com o texto original. Todas as vezes que eu votei não, foi para dizer não altera o texto original”, explica o parlamentar. 

De acordo com o que ressaltou o parlamentar, as suas votações foram todas pela manutenção do projeto, tal qual como foi enviado pelo Ministério Público, com exceção de uma. Ele afirmou também que inclusive o seu partido está novamente lhe chamando atenção por ter votado contra a orientação da direção nacional da sigla. 

Segundo o deputado, a única votação que votou contra o projeto original foi a relacionada às punições para membros do Ministério Público e juízes. “[...] Eu acho que casos com a Lava Jato, o Senado pode aprimorar isso, eles iam ter critérios mais definidos para que os promotores respondessem pelos seus atos. Agora, não estamos tratando só da Lava Jato, mas do Brasil inteiro”, declarou. 

Esse item foi aprovado por 313 votos a 132, incluindo no texto o “crime de responsabilidade” de juízes e promotores por abuso de autoridade, diferente do texto inicial do MP que havia sido aprovado pela comissão especial da Câmara.

Sobre o seu nome não constar em uma das votações, ele esclareceu: “Eu não me abstive, eu não estava em plenário e essa votação, ela estava acordada, todo mundo votou do mesmo jeito. Mas eu não estava no plenário. Foi uma única. Ela foi rápida e eu não estava no plenário. O restante , eu quero ressaltar, é que eu votei para ser o texto original”, garantiu.

Ainda segundo Silas, os pontos principais que eram alienação de bens, também questão das grandes fortunas, ele considera “um absurdo a Câmara ter mexido” (alterado). Para ele, o texto foi deformado.

“Na realidade, na minha opinião, deformaram o texto, mas no Senado ainda tem chance. Só que a Câmara é majoritária e eu tenho que respeitar o voto dos meus colegas. Agora, eu acho que o pau que vale para Chico também vale para Francisco e promotores de Justiça e juízes que erram precisam responder por isso”, concluiu.   


Da Redação
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