Desde 2015, o Piauí passou a oferecer a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), tratamento de prevenção que envolve a utilização diária de um medicamento antirretroviral (ARV), por pessoas não infectadas, para reduzir o risco de aquisição do HIV através de relações sexuais

A coordenadora do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Cristiana Rocha, explica que pessoas que expostas a fatores de risco podem se dirigir ao Hospital de Doenças Tropicais Natan Portela, no centro de Teresina. O medicamento é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

"A pessoa pode ir em qualquer horário de urgência, seja noite ou fim de semana, por exemplo. Basta chegar lá e dizer que se expôs, teve relação sexual desprotegida...isso em até 72h após o ato sexual ou outra situação de risco. Assim, a pessoa recebe o aconselhamento e faz o teste para dignosticar que ela não tinha o HIV anteriormente. Se a pessoa se encaixar dentro do gerenciamento de risco, recebe automaticamente a profilaxia", explica Rocha. 

A profilaxia é composta por três medicações que devem ser utilizados durante 28 dias. Em seguida, o paciente é novamente submetido ao teste para comprovar que não foi infectado pelo vírus. "Os estudos já apresentados nacional e mundialmente aprovam que o risco de infecção é mínimo", destaca.

Cristiana Rocha ressalta ainda que a oferta dessa forma de prevenção se soma às outras ações de chamada “prevenção combinada”, que oferece uma série de alternativas para conter os avanços da Aids na população brasileira. 

Em todo o país estima-se que 800 mil pessoas vivam com o HIV e 122 mil têm o vírus e não sabem. 

"A profilaxia é apenas uma das formas de prevenção, além do uso de preservativos", reitera. 

 

Graciane Sousa
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