O tremor de terra que causou espanto nos piauienses refletiu diretamente no número de chamados para o 193. Contudo, o abalo sísmico não foi suficiente para danificar a estrutura dos imóveis, segundo informou o major Reis Veloso, coordenador de Engenharia do Corpo de Bombeiros. Segundo ele, as rachaduras verificadas em alguns prédios eram antigas e não foram provocadas pelo tremor. 

"Fomos chamados a locais onde, por exemplo, a rachadura do prédio tinha teia de aranha, o que significa que aquele defeito é muito antigo. Fomos chamados até por conta de rachaduras em cerâmicas", finaliza Veloso. 

Segundo o bombeiro, a evacuação dos prédios públicos foi necessária por questões de segurança. Em entrevista ao Notícia da Manhã, ele chamou a atenção para a atitude que a população deve ter em situações semelhantes. 

"Evacuação de prédio não se faz por elevador. Muita gente utilizou o elevador que é justamente o meio de transporte que não pode ser utilizado. Em casos como esse a saída de emergência é pelas escadas. Não registramos nenhum dano as estruturas e nenhum vidro quebrado. Não tivemos, inclusive, registro de desabamento em construções erguidas sem critérios de engenharia. As casas de periferia que não obedecem a nenhum critério construtivo não sofreram com o tremor. A população pode ficar tranquila. A intensidade de 4,6 na escala Richter ocorreu lá no epicentro no Maranhão. Já em Teresina, a intensidade pode ter sido menos da metade", finaliza o major Reis Veloso. 

Por conta do abalo sísmico, o Corpo de Bombeiros iniciou vistorias em prédios públicos da Capital, mas nenhum problema foi detectado.

Graciane Sousa
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