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Manifestantes voltam às ruas e polícia faz revista para evitar incêndios

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Atualizada às 19h44

Teresina enfrentou, nesta terça-feira (10) o terceiro dia de protestos por conta do reajuste da passagem de ônibus para R$ 3,30. Ontem, um ônibus chegou a ser incendiado na Avenida Frei Serafim. No início da tarde de hoje, policiais militares realizaram revistas nas bolsas de estudantes, que estavam concentrados na Praça do Fripisa, no Centro da capital, e, por volta das 17h, seguiram em direção a Avenida Frei Serafim, que ficou parcialmente bloqueada.

Por volta das 18h, o cruzamento com a avenida Miguel Rosa também foi interditado, gerando  princípio de tumulto. Motoristas tentam seguir caminho e são contidos pelos manifestantes.

Depois, o cruzamento com a rua Coelho de Rezende foi bloqueado. O grupo deixou a Frei Serafim e seguiu em direção à Praça da Bandeira e começou a se dispersar. Por volta de 19h30, lideranças estudantis se reuniram para definir um cronograma de atividades para os próximos dias.

Lucas Sousa, da Associação Municipal de Estudantes Secundaristas (Ames), afirmou que o movimento contará com novos atos. "A gente vai continuar resistindo nessa semana e a ideia é que venha uma jornada dos movimentos contra esse aumento da passagem". 

A ordem nesta terça-feira era deixar os carros passarem e impedir o tráfego apenas de ônibus. Com eles parados, os manifestantes incentivaram passageiros que aguardavam nas paradas a entrarem pela porta de trás, sem pagar. O movimento foi apelidado de "catracasso".

Eles gritavam: "mãos ao alto, 3,30 é um assalto". O grupo leva cartazes com os dizeres: "se a tarifa não baixar, Teresina vai parar", "se ir e vir é um direito, lutar por ele é um dever" e "Trabalhador presta atenção tamo lutando contra o aumento do busão". 

Em rápida avaliação, o estudante de Medicina Jonatas Dias, que é membro do DCE da Universidade Estadual do Piauí, disse que o movimento irá crescer cada dia mais e já conta com o apoio dos trabalhadores. Para ele, o prefeito Firmino Filho (PSDB) precisa recuar do reajuste dado neste ano na tarifa. 

“A avaliação é que o movimento começou com os estudantes e agora conta com o apoio do trabalhador, que também acha esse aumento de R$3,30 é oneroso para todos. O movimento vai crescer mais e vai fazer o (prefeito) Firmino recuar porque esse reajuste não tem justificativa diante dessa crise econômica; e o trabalhador não vai pagar por essa crise”, declarou. 

 

Passageiros 
A estoquista Ione Lira se define como neutra em relação às manifestações, apesar de não achar o preço de R$ 3,30 justo. "Mas não me abalo com isso, não. Tudo aumenta. A gente vai fazer o quê? Se fosse só a passagem de ônibus... Mas é tudo". 

Depois de 40 minutos no ponto de ônibus, a faturista Conceição Borges não tinha mais opinião sobre a tarifa. "Eu quero é ir pra casa. Deviam fazer movimento em outro lugar que não interditassem a passagem das pessoas."

Revista em mochilas
O estudante de Ciência Política, Guilherme Monteiro, declarou que ficou revoltado com a maneira da abordagem policial. “Na hora que desci do ônibus os policiais já chegaram pedindo para ver o que tinha dentro da minha mochila”, afirma o manifestante. 

Já a estudante de Direito, Verônica Viana, avaliou que a polícia está reprimindo quem age contra a ordem.  Para ela, "o ato é de intimidação". 

O tenente coronel Raimundo Feitosa disse que as ações da polícia são voltadas para impedir que mais ônibus sejam incendiados. “Estamos fazendo o monitoramento de prevenção. Até agora não encontramos nenhum material suspeito que possa provocar alguma queima”, informou o coronel. 

Além da presença de manifestantes e policiais, os agentes da Superintendência Municipal de Trânsito (Strans) estão acompanhando o movimento.

O coronel Jaime Oliveira, diretor de operação e fiscalização da Strans, disse que poderá ocorrer a interdição de ruas devido a presença dos manifestantes nas vias. 

Suplente de vereador entra com ação

O advogado e suplente de vereador Ismael Silva ingressou com dois processos contra o aumento da tarifa de ônibus da capital para R$ 3,30. No Ministério Público Estadual, ele solicitou a suspensão do valor da tarifa que já passou a vigorar, e uma revisão da planilha de custos apresentada pelo Strans e Setut ao Conselho Municipal de Transportes Coletivos. O novo valor aprovado pelo prefeito Firmino Filho passou a valer na última sexta-feira (6).  

"Pedimos desde já essa medida por conta da atuação e do papel do ministério púlico. Pedimos ainda que eles façam a solicitação junto a Strans da planilha de custos que foi apresentada", explicou o advogado.

Já Tribunal de Contas do Estado, Ismael solicitou que a Diretoria de Fiscalização e Administração Municipal (DFAM) faça uma análise da planilha apresentada ao Conselho, que discutiu e encaminhou os valores até o prefeito.

"Ela atua em todas as questões que envolvem o erário público. Esse ano ela não foi convocada para as reuniões do conselho e nem sequer recebeu a planilha. Eu entrei com um requerimento para que seja feita uma verificação", explicou.

Além das medidas, o advogado planeja ainda outra saída que seria uma ação popular junto ao Tribunal de Justiça. "Essas são as duas saídas iniciais que encontramos, mas ainda há possibilidade, por exemplo, de uma ação popular junto ao Tribunal de Justiça para suspender a tarifa de R$ 3,30. Vamos aguardar a resposta do que foi feito", concluiu o suplente.

O incêndio

A confusão na noite desta segunda-feira que terminou com o ônibus incendiado teria começado após policiais atirarem balas de borracha e atingirem duas pessoas, que teriam sido levadas para um hospital da cidade. Os ônibus deixaram de circular na Frei Serafim depois do incidente. 

O diretor administrativo do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut), Marcelino Lopes, reagiu ao fato e classificou como um ato de “desocupados e bandidos” a ação dos manifestantes.

Flash Izabella Pimental (especial para o Cidadeverde.com)
Da Redação Carlienne Carpaso e Rayldo Pereira
[email protected] 

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