O atual diretor-geral afastado da Abin também confirmou ter feito o pedido. Corrêa afirmou ter garantido todo apoio à investigação comandada pelo delegado Protógenes. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Félix, por sua vez, disse que não sabia da Operação da PF. ?Eu acompanho apenas as operações da Abin e não as cooperações com outras instituições?. A Abin é subordinada à GSI.
Também presente na comissão, o diretor de contra-inteligência da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto, detalhou como aconteceu a cooperação com a investigação presidida por Protógenes. De acordo com sua exposição, 56 agentes tiveram alguma participação na operação. Ele ressaltou, no entanto, que foi realizado um rodízio de servidores e que o número de funcionários em ação nunca foi superior a 16.
Menezes
Em depoimento no Congresso, o diretor-geral da PF fez uma breve menção à prisão do número dois da instituição, Romero Menezes, na terça-feira (16). Ele citou o caso para mostrar que a PF cumpre sempre suas atribuições.
?Ontem nós passamos por uma situação em que uma investigação no Amapá levantou a suspeição de conduta de um grande delegado, ocupando um cargo relevante, em que houve uma medida judicial e foi prontamente cumprida?, disse Corrêa.
Romero Menezes foi preso suspeito de vazamento de informações da Operação Toque de Midas, da Polícia Federal, que investigou irregularidades em contratos do grupo EBX, do empresário Eike Batista. O número dois da PF é acusado de favorecer um irmão, José Gomes de Menezes Júnior, gerente de uma empresa que trabalha para Eike. O delegado Romero Menezes foi solto na madrugada desta quarta-feira após um habeas corpus.