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Na Paraíba, Wellington diz que o sertão está virando mar

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O governador Wellington Dias está na Paraíba neste domingo (19) para participar da inauguração popular em Monteiro das obras da Transposição do Rio São Francisco. Antes de embarcar para o município do Cariri paraibano, o petista falou das homenagens que serão feitas aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, que participarão da solenidade.

“No Dia de São José, o presidente Lula e a presidenta Dilma são homenageados recebendo medalhas concedidas pelo governo, pela Assembleia da Paraíba. O povo do sertão tem um carinho todo especial pelo presidente Lula, reconhece todo esse trabalho dele e da presidenta Dilma para garantir esta obra importante de botar água no Sertão. O sertão virando mar e de água doce, água vindo do nosso querido rio São Francisco”, disse nas redes sociais ao embarcar na capital, João Pessoa.

“Eu fico feliz de poder, no Dia de São José, fazer uma celebração agradecendo a Deus por este momento. Tenho um carinho todo especial por esse grande líder do Brasil e mundial que é Luiz Inácio Lula da Silva e o trabalho da nossa primeira mulher presidenta. Nada melhor que homenagear esses grandes brasileiros”, acrescentou o governador do Piauí.

 

 

Discurso de Lula


 Diante da praça lotada pela população de Monteiro, interior da Paraíba, e de cidades vizinhas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta deposta, Dilma Rousseff, comandaram a festa da inauguração popular da transposição do rio São Francisco na tarde de hoje (19). Participaram ainda governadores, senadores e outros políticos.

Em discurso emocionado, marcado por lembranças da infância difícil vivida no sertão de Pernambuco, até que mãe, dona Lidu, se mudou para São Paulo para seus oito filhos não morrerem de fome, Lula destacou a importância da obra para a população nordestina. .

O ex-presidente agradeceu políticos como Ciro Gomes, seu ministro da integração nacional, e seu então vice, José de Alencar, pelo apoio ao projeto e por terem enfrentado muita “cara feia” e as dificuldades burocráticas e políticas impostas à obra de construção do canal que leva 3% da vazão do rio São Francisco para beneficiar sobretudo a população mais pobre, que cultiva lavouras de subsistência.

Lula alertou o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), da necessidade de cobrar o governo federal para que construa adutoras e estação de tratamento para as águas. E alfinetou: “O que não pode é deixar fazendeiro pegar toda água só para ele, com bomba. Esse projeto tem função social. O eixo norte está parado desde que essa mulher foi golpeada. É preciso terminar a obra para que o nordestino, se tiver de ir para São Paulo, que seja para passear”.

O ex-presidente mencionou o petista Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, lembrando a criação do ProUni (Programa Universidade para Todos). “Nós não queremos mais ser ajudante de pedreiro, ou pedreiro. Sem querer desmerecer esses profissionais, nós queremos ser engenheiro, queremos ser doutor, ganhar o pão de cada dia com dignidade”.

Lula criticou também o fim de programas como o Ciência sem Fronteiras, que nas suas palavras, permitia exportar estudantes e cientistas, e não só de commodities. E lembrou um passado recente em que os brasileiros eram mais felizes e respeitados em todo o mundo. “Dava orgulho ser brasileiro pela democracia, pela alegria do povo. Hoje quem viaja tem vergonha. Deram golpe numa mulher foi eleita democraticamente."

Da Redação
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