Cidadeverde.com

Inspeção constata que 80% dos menores fogem do regime semiaberto em Teresina

Imprimir
  • inspecao1.jpg Arquivo MPE
  • inspecao2.jpg Arquivo MPE
  • inspecao3.jpg Arquivo MPE
  • inspecao4.jpg Arquivo MPE
  • inspecao5.jpg Arquivo MPE
  • inspecao6.jpg Arquivo MPE
  • inspecao7.jpg Arquivo MPE
  • inspecao8.jpg Arquivo MPE
  • inspecao9.jpg Arquivo MPE
  • inspecao10.jpg Arquivo MPE
  • inspecao11.jpg Arquivo MPE
  • inspecao12.jpg Arquivo MPE
  • inspecao13.jpg Arquivo MPE
  • inspecao14.jpg Arquivo MPE
  • inspecao15.jpg Arquivo MPE
  • inspecao16.jpg Arquivo MPE

Falta de água, higiene, abrigos superlotados e sem qualquer atividade socioeducativa foram flagradas pela inspeção feita pelo Ministério Público do Estado. 

O promotor Maurício Verdejo, da Vara da Infância e Juventude visitou quatro centros – masculino e feminino – em Teresina e constatou que 90% deles estão em situação sanitária deplorável. Outra constatação é que devido à deficiência, 80% dos adolescentes no abrigo de semiaberto fogem e não retornam ao centro. 

O regime de semiliberdade é uma porta para a recuperação dos adolescentes que iniciam no crime. Lá abriga menores que cometeram  crimes de menor poder ofensivo.

Maurício Verdejo informou que o abrigo de semiliberdade que funciona no bairro Primavera dos 12 adolescentes, somente quatro permanecem no centro. 

“80% deles não retornam, fogem do sistema e a maioria vai parar no CEM (Centro Educacional Masculino)”, informou o promotor.

Em depoimento os adolescentes informaram que o local está cheio do goteiras e neste período de chuva a situação fica crítica.

“Eles disseram que parece que chove mais dentro do que fora, os colchões ficam molhados e os adolescentes não retornam, devido as péssimas estruturas”.

Falta de higiene

O promotor flagrou centros sem qualquer estrutura sanitária.

“Em quase 90% dos abrigos estão sem higiene, sem água, há muita sujeira, situação triste e inadequadas”, disse Verdejo. 

Ele ressaltou que o regime semiaberto a obra de reforma começou e no CEM está prevista para iniciar. 

Falta de remédio

“No CEM falta remédios, não tem medicamento pra nada e os adolescentes reclamam também da demora em leva-lo ao posto de saúde”.

Há uma deficiência também no número de socioeducativo para atender no CEM, que é o maior centro do Estado.

O relatório da inspeção será encaminhado ao governo do Estado. 

O promotor vai pedir urgência na reforma dos centros e a construção de novos abrigos em Parnaíba, Floriano e Picos. No próximo mês, o promotor terá uma audiência com o secretário Zé Santana para apresentar a inspeção e pedir providências.

No total, quatro unidades foram vistoriadas, sendo o Centro Educacional de Internação Provisória (CEIP), Centro Educacional Feminino (CEF), o Centro Educacional Masculino e o Projeto Semiliberdade, todos em Teresina.

“O Ministério Público está atento às deficiências que ainda persistem nessas unidades. No entanto, averiguamos que foi iniciada a reforma da sede do projeto Semiliberdade, e que há previsão de reforma no CEM, o que já aponta para melhorias na questão estrutural. Quanto à escassez de materiais e de profissionais, vamos apresentá-las ao secretário da Assistência Social – SASC, e dialogar com o gestor no sentido de que o Estado reafirme o compromisso de assegurar condições dignas de ressocialização aos adolescentes”, disse Maurício Verdejo.

 

Flash Yala Sena
[email protected] 

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais