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Igreja é tombada e Arquidiocese é proibida de fazer reforma em Esperantina

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O Conselho Estadual de Cultura aprovou por unanimidade o tombamento – em caráter de urgência – da igreja de Esperantina. O templo é alvo de divergência sobre reforma e possível destruição do painel “Calvário de Cristo”, pintado há mais de 30 anos pelo artista João Batista. 

O tombamento foi solicitado pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult). Qualquer decisão que o governo tomasse precisaria de autorização do Conselho. Com o aval do órgão, a partir de agora, qualquer alteração na igreja terá que passar pela Coordenação de Registro e Conservação da Secretaria de Cultura.

A pintura causou discórdia no município. Existe até um abaixo-assinado que tentava barrar o tombamento da igreja.  

O painel mostra Jesus Cristo crucificado ao lado de manifestantes, sem tetos e denuncia as mazelas sociais. A obra foi pintada na gestão do padre Ladislau João da Silva em 1983 e fica no altar da igreja. O painel foi construído após consulta popular e baseada no documento de Puebla e ao evangelho de São Mateus.

Para o presidente do Conselho Estadual de Cultura, Cineas Santos, a reforma da igreja é “extemporânea” e “danosa”.

O secretário de Cultura, Fábio Novo, afirmou ao Cidadeverde.com que a decisão do Conselho será comunicado as autoridades do município.

“A partir de agora qualquer intervenção na igreja de Esperantina precisa ser analisada pelo setor de conservação da Secult. É um painel histórico que tem sua carga afetiva e é nossa obrigação preservar pelo patrimônio antes que ele desapareça”, disse Fábio Novo.

A coordenadora de Registros e Conservação da Secult, Patrícia Mendes, informou que o relatório de vistoria constatou que a intervenção feita na reforma comprometeu a arquitetura da igreja.

“Essa obra tem um valor histórico, arquitetônico, mas também um valor afetivo para a cidade”, afirmou Patrícia Mendes.

 

 

Flash Yala Sena
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