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Cirurgia plástica em adolescentes aumenta 50% e médico alerta sobre riscos

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O Brasil está entre os países que mais recorre a cirurgias plásticas e, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgias Plásticas - SBCP, realizou no ano passado, 1,5 milhões de procedimentos. As cirurgias estéticas correspondem a 66% do total de plásticas no país. Sendo a lipoaspiração e o implante de silicone as mais frequentes, mas pesquisas recentes mostram que os homens vêm deixando de lado os tabus e com frequência cada vez maior também passam a recorrer à plástica por questões estéticas.

Outro dado que vem chamando a atenção, é o aumento de jovens que procuram por mudanças no corpo. De acordo com a instituição, o número de cirurgias entre jovens de 13 a 18 anos aumentou em 56,6% entre 2009 e 2014. A faixa etária corresponde a 5,7% de todos os procedimentos feitos no país.

A jovem, R.S, de 17 anos, está entre estas estatísticas, fez recentemente uma lipoaspiração e colocou prótese de silicone nos seios, ela conta que a gordura no abdômen e braços, além dos seios que ela considerava muito pequeno, a incomodava há muito tempo, mas que agora decidiu mudar. “Tinha muita vergonha dos meus braços e da minha barriga, e só usava sutiã com bojo. Desde os 15 anos queria fazer a cirurgia plástica, mas meus pais foram contra e também não tive recomendação médica para isso, só agora, pude realizar este sonho, mas com a condição de um acompanhamento com psicólogo. Ainda estou em recuperação, mas percebo as mudanças no meu corpo, ainda é estranho, mas estou satisfeita”.

O cirurgião plástico, Davis Barbosa, acredita que a busca pelo bem estar pessoal é a grande motivadora desses números e que cada vez recebe mais pacientes jovens no seu consultório. É comum que pacientes que tenham conhecido alguém que tenha se submetido a um procedimento bem sucedido e queiram “fazer algo para melhorar um desconforto”. Para Davis, cuidar da beleza “não é problema algum”, mas faz o alerta para o risco dos exageros.

 “Cirurgia plástica é um procedimento com riscos e que exige amadurecimento físico e psicológico. Há toda uma problemática legal e necessidade de aprovação dos pais, quando a paciente é menor de idade. Apesar de não haver orientação formal da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) sobre este assunto, prefiro evitar procedimentos cirúrgicos de cunho completamente estéticos em pacientes menores de idade. Atualmente, há uma cobrança social e exposição virtual elevada, e isso aumenta a responsabilidade médica na hora de avaliar cada caso” destacou.


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