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Cidades 'sem futebol' miram desenvolvimento com Copa

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O legado da Copa do Mundo e a utilização da estrutura esportiva depois da competição são dois dogmas entre os dirigentes do comitê organizador e da Fifa. Mas entre as 18 cidades que tentam convencê-los sobre suas condições para receber jogos, nem todas possuem perspectivas para o desenvolvimento do futebol. Em vez de impeditivo, essas praças resolveram transformar a competição em bandeira para o desenvolvimento da modalidade.

Entre as nove primeiras candidaturas apresentadas ao comitê organizador e à Fifa, apenas Goiânia, Fortaleza, Pernambuco e Maceió possuem ao menos um time entre as duas primeiras divisões do Campeonato Brasileiro. E o único representante dos alagoanos na Série B ainda é o CRB, que ocupa a última posição da tabela e vislumbra o rebaixamento como situação cada vez mais iminente.

"Não acho que essa situação jogue contra a nossa candidatura. A Copa do Mundo pode ser importante para desenvolver o futebol de Maceió e da região, que tem muito potencial para isso. O que nos falta é investimento, e a competição pode abrir as portas para isso", projetou Raul Osório Cleto, superintendente de infra-estrutura da Secretaria de Educação e Esporte de Alagoas.

As outras cidades que não possuem clubes nas principais divisões do futebol brasileiro também apostam na possibilidade de sediar jogos da Copa para desenvolver o esporte em suas regiões. "Só a perspectiva de receber o Mundial já criou uma situação diferente na nossa região. O Estadual teve um crescimento de público de 5.000 % de 2006 para 2008, e hoje nós temos uma média de 10 mil pessoas nos estádios em qualquer partida. Poderíamos alavancar ainda mais esse crescimento se fôssemos escolhidos", teorizou Cassiano Marques de Oliveira, secretário de Esporte, Turismo e Lazer do Acre.

O desenvolvimento do futebol da região também está incutido no planejamento de Manaus para a Copa. "Sabemos que a Fifa e o comitê organizador se preocupam muito com o que vai sobrar da estrutura para o Mundial. Ninguém quer obras faraônicas ou algo que não se adapte à realidade do país. A cidade tem muito o que crescer se for escolhida", declarou Marcelo Lima Filho, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas.

Belém, Campo Grande e Cuiabá são as outras cidades que não possuem um time sequer entre as duas principais divisões do futebol brasileiro. Mas assim como Rio Branco e Manaus, a Copa é vista por todas elas como uma oportunidade para mudar isso.

"Nós temos as duas maiores torcidas do Norte, com um público absolutamente apaixonado pelo futebol. Podemos crescer bastante se tivermos investimento, e isso seria possível com a Copa do Mundo", comentou Simão Pedro Martins Bastos, secretário de Esporte, Juventude e Lazer de Belém.

Fonte: Uol
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