O corregedor-geral do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Ricardo Gentil Eulálio, lamentou, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (7), as fraudes que ocorreram no 2º e 8º Cartórios de Notas e Registro de Imóveis de Teresina.
Entre as irregularidades supostamente cometidas por tabeliães dos cartórios, estão o pagamento irregular de horas extras e benefícios concedidos a parentes e clientes.
Foi descoberto que tabeliães com salário de R$ 15.800 mensais receberam aumento de 20% com o pagamento de horas extras que eles não estariam autorizados a receber.
“Meu sentimento é de indignação, traição e decepção. Depositamos confiança nessas pessoas e elas negaram essa confiança. Chegamos à conclusão que atos irregulares foram executados nos cartórios e houve total omissão dos tabeliães”, desabafa o corregedor.
O desembargador informou que, com a conclusão do relatório que apurou as irregularidades, o caso deverá ser encaminhado ao Ministério Público ou para a esfera policial.
Para o corregedor, o fator determinante para a ocorrência de irregularidades é malha cartorária recebida pelos 2º e 8º Cartórios de Notas e Registro de Imóveis de Teresina.
“É um cartório grande, de uma renda muito grande e é determinante para este tipo de conduta. Vamos melhorar redistribuição da malha cartorário porque ha um desequilíbrio muito grande”, promete o corregedor.
Izabella Pimentel ( com informações do Jornal do Piauí)
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