Em entrevista a Rádio Cidade Verde desta sexta-feira (14), o secretário de Governo, Merlong Solano, afirmou acreditar serem improváveis mudanças relevantes na base de apoio ao governador Wellington Dias (PT). Para o gestor, a popularidade do petista tende a crescer e isso torna um rompimento ruim para qualquer liderança.
No programa Acorda Piauí, Solano ressaltou a capacidade de diálogo e força política, além da empatia de Wellington Dias com a população. E destacou que isso tem ajudado o governador a manter o Piauí longe de aspectos da crise econômica e política, o que tende a aumentar sua popularidade.
"Com isso, passa a ser ruim para qualquer outra liderança que está no nosso time romper com o nosso governador. Não vejo com esse quadro", disse Solano, que crê em rompimentos maiores somente em outro cenário político e econômico, como crise nas finanças estaduais.
"Não acredito na possibilidade de alterações significativas no Piauí em relação a base política", acrescentou
Denúncia contra Temer
Na entrevista, Merlong Solano comentou sobre a votação do relatório sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer, por crime de corrupção passiva, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.
Segundo suplente em sua coligação, Solano disse que seu voto seria a favor da aceitação da denúncia. No entanto, sua ida a Brasília (DF) para substituir o deputado Mainha (PP), que votou contra, não iria mudar o placar a ponto de impedir a vitória do governo - foram 40 votos a 25.
"Se eu estivesse lá e fosse parte da comissão, votaria pela aceitação do relatório do deputado Sérgio Zveiter", disse Solano, ressaltando a gravação feita pelo empresário Joesley Batista com o presidente.
"Não se tem apenas ilações contra o Temer. O que se tem uma gravação, que a Polícia Federal já disse que não sofreu nenhum tipo de manipulação, de alteração, e onde o presidente conversa coisas inconfessáveis publicamente com um grande empresário brasileiro, tratando de assuntos como obstrução de Justiça, recepção de vantagens para fazer favores", acrescentou.
Fábio Lima
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