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Firmino aposta em vários candidatos ao governo em 2018: não vai ter Fla-Flu

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O prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), acredita que a eleição de 2018 será atípica e não terá o 'clima de Fla-Flu' em comparação a clássica de disputa de futebol entre os times Flamengo e Fluminense. Para o tucano, a situação da política nacional deve refletir nas alianças em nível regional. 

"O quadro político nacional que se tem hoje é totalmente diferente do FLA-FLU que acontece desde 1994. O espírito  do eleitorado nos leva a crer que dificilmente o FLA-FLU vai acontecer em 2018, ou seja, não será uma eleição polarizada e deve ter vários candidatos", disse Filho. 

Na política estadual, o tucano ressalta que ainda não há nada definido e vai esperar até o início do próximo ano. 

"Precisamos de paciência para que a gente possa bem se posionar no próximo ano. A gente quer o crescimento do nosso partido, eleição dos nossos vários candidatos, mas é necessário muita calma para agir no momento correto e não cometer erro de estratégica. Existem várias possibilidades. O jogo está em aberto e temos que esperar o início de 2018 para que possamos aprofundar a análise", declarou o tucano.

Já em entrevista à Rádio Cidade Verde hoje, mais uma vez o prefeito de Teresina afastou de si a possibilidade de ser candidato em 2018. Firmino continua descartando a ideia com a justificativa de que precisa continuar comprometido com a administração de Teresina. No entanto, Firmino acenou que deve sair como candidato ao governo do estado ou a outro cargo em 2022.

“Não tenho a menor intenção. Quem sabe em 2022 vamos ficar dispostos a construir um palanque. [...] Basicamente porque tenho compromisso como a cidade. Fui candidato o ano passado e não faz sentido eu sair sem concluir esse plano de Mobilidade. Estamos fazendo a revisão de todo plano de arborização e crescimento urbano e não fez sentido sair sem fechar esse compromisso

Estamos empenhados também em fazer a universalização do ensino infantil e não faz sentido sair sem entregar essa conquista importante. Quero manter a minha palavra. Não dá para ser candidato ao governo, a administração tem que falar mais forte do que o ponto de vista político-eleitoral o curso de abandonar a administração é muito grande”, destacou o prefeito em entrevista à Rádio Cidade Verde hoje.

Firmino diz que pode ser ampliada no futuro a ideia de ser candidato, em 2022. “Não tenho essa sangria desatada para ser candidato ao governo. Na minha vida pública sou plenamente realizado. Acho que ganhei e tenho muito mais do que mereço no meu papel da vida pública”.

A mais, ele falou que acredita que as oposições devem ganhar forças no ano que vem e apresentar alternativas novas, em razão também do cenário político e econômico que se configura.

“A oposição sempre vai ter um lugar muito forte  eno ano que vem pode até ganhar. [...] Nós temos um quadro muito instável e inseguro no, Brasil oriundo da mais grave crise da nossa história. Acredito que a eleição do ano que vem vai ser um momento onde novas alternativas vão aparecer, em que oportunidades não podem ser desperdiçadas. Espero que o radicalismo não vença o ano que vem. Pesquisas mostram que candidatos com postura mais radical podem ganhar forças, como aconteceu em outras partes do mundo, a exemplo dos Estados Unidos e espero que isso não aconteça no Brasil", observou. 

Candidatura da primeira-dama 

Questionado sobre a posssibilidade de sua esposa Lucy Silveira integrar a base governista no próximo pleito, Firmino Filho desconversa e diz que tem gratidão pelo Partido Progressista (PP). O atual governo do Piauí é formado pela aliança PT-PP. 

"O senador Ciro Nogueira (PP) foi fundamental nas obras que estamos fazendo na cidade, na busca de financiamento externo, especialmente, junto ao Governo Federal. A ida de vários quadros do PSDB para o PP foi uma forma de demonstrar essa nossa solidariedade e gratidão por  todo o trabalho que foi feito na cidade de Teresina", justifica Firmino Filho acrescentando o bom relacionamento com partidos considerados de esquerda  e direita.

"Nossa posição não é radical. O PSDB sempre teve posição serena. Dizem até que o PSDB vive em cima do muro, mas nossa postura tranquila nos permite sempre ter uma visão maior. O PSDB é um partido centrista: busca da esquerda, o compromisso com a igualdadade e os avanços sociais; da direita, busca a questão das liberdades individuais e o bom desempenho da economia. Nós trafegamos entre os dois lados, somos radicais de centro", disse o tucano.

 


Graciane Sousa
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