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Regina diz que aprovar Distritão é um perigo: "espero que não passe nem na Câmara"

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A senadora Regina Sousa (PT-PI) está na torcida para que a reforma política, com o polêmico "Distritão", fique pelo caminho ainda na Câmara dos Deputados, onde havia expectativa de ela ser votada nesta terça-feira (29). A parlamentar afirmou que aceitar a proposta de voto distrital agora pode ser um perigo, pois a medida, prometida como transição para um novo modelo, pode vigorar por mais tempo. 

"Eu espero que não passe nem na Câmara, que é até pra morrer aqui mesmo porque não tem tempo", disse Regina Sousa, que alega não ter mais tempo para aprovar uma reforma política que possa ser implementada nas eleições de 2018. "Se quer fazer uma reforma política pra fazer, vamos fazer uma reforma discutida, debatida para 2020. Pra 2018 não dá tempo, vão fazer uma meia sola que depois pode ter arrependimento". 

Um dos arrependimentos previstos por Regina Sousa é o voto distrital, previsto para 2018 como uma transição até o voto distrital misto, que seria implementado só em 2022. Nele, só os candidatos mais votados são eleitos. A senadora considerou a proposta um "perigo". 

"Se for implantado dizendo que é só para aquele ano, ele não sai nunca mais, porque alguns vão gostar tanto que não vão mais querer tirar", declarou a petista, em entrevista a Délio Rocha, correspondente da TV Cidade Verde em Brasília (DF).

Sem acordo
O deputado federal Rodrigo Martins (PSB-PI) acredita na votação de pontos como o fim das coligações proporcionais e cláusula de barreira, mas não crê que a reforma seja aprovada. "Um fator que nos dá a clara impressão é a ausência do presidente Rodrigo Maia e a sessão sendo comandada pelo segundo vice-presidente, que não tem tanto controle do plenário como o presidente Rodrigo Maia tem". 

Marcelo Castro (PMDB) também demonstra descrença na votação. O deputado federal aguarda uma articulação prometida por Rodrigo Maia para que se chegue a um acordo. "Se não houve esse entendimento de que nenhuma proposta irá ser aprovada para atender a um partido específico, para atender a uma linha específica de ideologia, nós não vamos chegar a canto nenhum". 

Com informações da TV Cidade Verde
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