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Sejus irá investigar possível tortura contra presos em Altos

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Imagens divulgadas pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí chamaram a atenção da Secretaria de Justiça, dos grupos de defesa dos direitos humanos e da população em geral na última semana. Isso porque nas gravações, alguns presos tiveram suas roupas rasgadas ainda no corpo e ficaram nus na Penitenciária de Altos, durante um período até receberem os uniformes da unidade.

O subsecretário, Carlos Edilson Sousa, em entrevista ao Jornal do Piauí, nesta segunda-feira (25), informou que a Sejus teve conhecimento das gravações e que irão analisar cada filmagem para identificar o que de fato ocorreu e se houve excessos ou não por parte dos funcionários que estavam com o grupo de presos. 

“Será avaliado e identificado quem foi. E essa identificação só vai ocorrer porque a unidade é totalmente monitorada por câmeras. Nós vamos abrir um procedimento como prevê, fazer a identificação e os responsáveis serão punidos”, comentou Carlos Edilson.

Questionado se houve excessos ou não, o subsecretário declarou apenas que o vídeo será avaliado por uma equipe como ocorre em toda denuncia que chega até a Sejus. Após a análise, será determinado se haverá abertura de sindicância ou não contra os guardas – se foram realmente os guardas da unidade ou se teve participação de policiais militares, etc. 

Sobre a atividade de cortes de lenha por parte dos detentos da Penitenciária de Esperantina, Carlos Edilson declarou que a pasta não teve conhecimento dessa situação. E, assim que a denuncia for formalizada, ela também será avaliada pela equipe. 

O Comitê de Combate a Tortura no Piauí informou ao Cidadeverde.com que acompanha o caso.

“Nós estamos acompanhando e já fizemos denunciar no Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual; levamos a notícia-crime ao juiz das execuções penais, que encaminhou ao presidente do Tribunal de Justiça do Piauí. Havia indícios de maus-tratos, condições degradantes e de tortura; tudo será verificado”, comentou a presidente do Comitê, Lurdinha Nunes. 

Carlienne Carpaso 
[email protected] 

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