O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí (SINTECTPI) decidiu, em assembleia no final da manhã desta sexta-feira (29), manter a greve deflagrada no último dia 19. Os trabalhadores contrariam decisão do vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emmanoel Pereira, que ontem (28) considerou a paralisação abusiva e determinou o retorno imediato às atividades.

Na assembleia, os carteiros decidiram seguir o comando nacional de greve, que ainda não havia recebido notificação do TST sobre a decisão liminar. A categoria considera que os Correios abandonaram a negociação com a Federação Nacional dos Trabalhdores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) para discutir com outra entidade, que seria comandada por um aliado do presidente Michel Temer (PMDB). 

Na próxima segunda-feira (2), os carteiros vão se concentrar na avenida Valter Alencar, Monte Castelo, zona Sul de Teresina, a partir de 7h30. Haverá mobilização na capital também na terça-feira, quando a categoria realizará ato nacional em Brasília (DF) - ficou decidido que, por economia de despesas, os estados mais distantes substituirão a marcha até o Distrito Federal por atos em suas regiões. 

Apesar das agências estarem funcionando, a greve tem prejudicado a entrega de correspondências porque boa parte dos trabalhadores que cruzaram os brçaos são carteiros. 

A pauta de reivindicações dos servidores inclui o reajuste salarial de 8%, além de outros benefícios, a volta do plano de saúde, hoje terceirizado para a administração da própria empresa pública, a não privatização dos Correios e a suspensão do fechamento do banco postal, programado para 11 de outubro em todo o Piauí. "Nós somos contrários (ao fechamento do banco postal). Vai prejudicar não somente os trablhadores, mas também a população em geral. Muitas cidades só tem os Correios como banco postal em sua cidade", argumenta Jailson Tavares Lima, secretário de imprensa do SINTECTPI. 

Fábio Lima
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