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Argentina empata com Peru e chega à última rodada fora até da repescagem

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A Argentina até trocou o mando do Monumental de Núñez, estádio do River Plate, para a Bombonera, casa do Boca Juniors, para encarar o Peru, no último jogo como mandante pelas eliminatórias sul-americanas. 

Com a torcida mais próxima do gramado, pressionando o rival e empurrando o time, o objetivo era claro: vencer ou vencer. Mas nem mesmo a força das arquibancadas ajudou. Em um duelo muito tenso, a equipe albiceleste apenas empatou sem gols com os peruanos e agora corre risco real de não ir para a Copa do Mundo da Rússia, no próximo ano.

O resultado da noite desta quinta-feira fez com que a Argentina terminasse a 17ª rodada fora da zona de classificação e também fora da zona de repescagem para o torneio. A seleção bicampeã mundial é a sexta colocada, com 25 pontos. 

Está empatada justamente com o Peru, que leva vantagem no número de vitórias (7 a 6) e no número de gols marcados (26 a 16). 

Na eliminatória sul-americana, os quatro primeiros garantem vaga direta à Copa do Mundo, enquanto o quinto colocado jogará a repescagem contra a Nova Zelândia, campeã da Oceania, nos dias 6 e 14 de novembro.

Nem tudo está perdido para os argentinos. Ainda resta uma rodada para eles lutarem pela classificação. 

No próximo dia 10, os jogadores da equipe albiceleste enfrentarão o Equador, no estádio Olímpico de Atahualpa, jogando por tudo ou nada. Os equatorianos já estão eliminados , mas tem uma rara chance de complicar a vida dos argentinos.

E a 18ª rodada será quente. Haverá um duelo direto pela ida à Copa entre Peru e Colômbia, que tem 26 pontos e está na quarta colocação. O Paraguai, que tem 24, enfrentará a Venezuela, já eliminada. E o Chile, terceiro com 26, pegará o Brasil, em São Paulo.

A Argentina tem de vencer. Isso a garantirá entre os cinco primeiros independentemente dos resultados da rodada. Para ficar entre os quatro ela precisa torcer por empate entre Peru e Colômbia ou por vitória ou empate do Brasil contra o Chile.

Será a última chance de o técnico Jorge Sampaoli vencer um jogo no torneio. Substituto de Edgardo Bauza, ele acumula três empates em três jogos.

Vale lembrar que a Argentina está presente de forma consecutiva nas Copas desde 1974. O Peru, por sua vez, não joga desde 1982.

Dominante, mas com dificuldade de encontrar os espaços tendo Messi tão bem marcado, a primeira oportunidade clara de gol da Argentina veio aos 13 minutos, justamente com o camisa 10, após jogada ensaiada em cobrança de escanteio. A zaga peruana afastou o perigo no susto.

Dez minutos depois, Di Maria ficou com sobra de bola na entrada da área e buscou o ângulo oposto, mas isolou, para desespero da Bombonera. Aos 33, o único ataque mais incisivo do Peru gerou alguns segundos de silêncio no estádio xeneize. O lateral flamenguista Trauco cruzou rasteiro e Farfán teve liberdade dentro da área para finalizar, mas errou o alvo.

Pouco antes do intervalo, Messi despertou. Primeiro executou sua típica jogada: recebeu na entrada da área, cortou para a esquerda e mandou a bomba, de “rosca”. A bola raspou a trave. Na sequência, o craque achou Benedetto nas costas da zaga adversária, mas o centroavante do Boca Juniors testou por cima do travessão.

Jorge Sampaoli, então, decidiu sacar Di Maria para apostar em Rigoni. Além da troca, a postura da equipe em campo mudou, com mais agressividade e Messi inspirado. Antes do primeiro minuto, o capitão argentino deixou Benedetto na cara do gol mais uma vez. Gallese defendeu com o peito e o próprio Messi pegou o rebote. De primeira, do jeito que deu, mandou a bola na trave.

Foi só uma amostra do que o goleiro peruano estaria por fazer. Aos 2 minutos, Biglia arriscou de longe e Gallese buscou a bola no ângulo. Antes da metade da etapa final, Lionel Messi usou toda sua inteligência para colocar Gómez, Benedetto e Rigoni em situações claras de acabar com o drama dos donos da casa. Em todas elas, Gallese foi melhor que os atacantes.

O enredo ganhou ainda mais cara de drama quando Sampaoli resolveu apostar em Gago, mesmo ciente de que o veterano jogador não tinha 100% das condições físicas. A torcida cantou o nome do volante ex-Boca Júniors, mas em apenas quatro minutos Gago sentiu uma lesão no joelho e precisou sair para a entrada de Pérez.

Já sem muita organização, apelando para jogadas individuais e bolas aéreas, a Argentina até tentou sufocar os peruanos. A torcida, que apoiou o jogo todo, não conseguiu esconder a apreensão e a impaciência nos minutos finais. No fim, o drama virou melancolia na Bombonera assim que Wilton Sampaio soou o apito pela última vez.


Fonte: ESPN

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