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Caso Makelly: após absolvição defesa e acusação fazem debate

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O promotor Ubiraci Rocha considerou como um "erro" a polêmica sentença que absolveu o professor e jornalista Luís Augusto Antunes,33 anos, no caso da morte da travesti Makelly Castro.  Ele foi julgado na  2º Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Teresina  em um julgamento que durou toda esta quinta-feira (5).

Em debate promovido pelo Jornal do Piauí desta sexta, o promotor afirma que houve contradição na resposta dos jurados aos quesitos e ele reforça duas hipóteses que para ele justificam o veredito.

"Eu só tenho duas leituras, ou foi um erro quando o jurado não entende o quesito, ou uma coisa muito mais grave, uma discriminação a condição da vítima. É um crime de ódio e uma permissividade para que se possa matar homossexuais, transexuais, travestis e por aí vai", defende o promotor.

Do outro lado o advogado de defesa do réu Gilberto Ferreira pontuou que o processo não possuía provas que apontassem que Luís fosse de fato o autor do crime. E mesmo reconhecido como culpado pelo próprio júri que o absolveu, o advogado desafia a promotoria a apresentar provas.

"Equevocadamente entenderam que ele era o autor e corrigiram isso quando pediram o segundo quisito. Sel ele não há jultamento. Não havia no processo uma única prova de que meu cliente é autor desse crime e continuo desafiando por provas", defende o advogado.

Para Gilberto Juís foi vítima de preconcenti por ser negro. O advogado acrescentou que o domínio de artes marciais pelo acusado também não tem ligação com o crime.

O caso

Makelly foi vista pela última vez no dia 17 de julho de 2014 por volta das 20 horas, na calçada da boate Mercearia com outros travestis. Um indivíduo em um Palio, cor vermelha, parou e acertou o programa com a vítima e saíram. Na manhã do dia seguinte, o corpo de Makelly foi encontrado nas proximidades do Distrito Industrial na zona Sul de Teresina, onde o laudo cadavérico atestou que ela tinha sido morta por meio de asfixia. 

Rayldo Pereira
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