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Ministra cita escravidão e pede salário de R$ 61 mil ao governo

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A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, apresentou ao governo um pedido para acumular seu salário com o de desembargadora aposentada, o que garantiria a ela um rendimento bruto de 61.400 reais. 

Segundo informações da coluna de Andreza Matais, do jornal Estado de S. Paulo, da manhã desta quinta-feira (2), Luislinda reclamava que, por causa do teto constitucional, só pode ficar com 33.700 reais do total da renda.

“Sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura”, disse a ministra. 

Em 207 páginas, ela contesta a regra do abate-teto, pela qual nenhum servidor pode ganhar mais do que um ministro do Supremo. Por isso, seu salário de ministra é abatido em mais de 27.000 reais, caindo para pouco mais de 3.000 reais. O salário de desembargadora, de 30.471,10 reais, é preservado.

Roupas e Maquiagens

A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, conversou com a Coluna do Estadão sobre o requerimento que protocolou no governo no qual compara sua situação com a de um trabalhador escravo por ter parte do salário glosado pela lei do abate teto. 

A ministra diz que é seu direito receber o valor integral para trabalhar como ministra porque o cargo lhe impõe custos como se “vestir com dignidade” e “usar maquiagem”. Ela não se arrepende de ter comparado seu caso ao trabalho escravo. “Todo mundo sabe que quem trabalha sem receber é escravo”, diz.

Desistência

Em meio à polêmica sobre seu pedido para receber salário acima do teto, a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois desistiu do pleito. Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira, ela afirma que já encaminhou ao governo comunicado de que desistiu de acumular salário de ministra com aposentadoria de desembargadora aposentada da Bahia.

 

Fonte: Exame, Estadão e Extra

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