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Ministério da Agricultura alerta para risco de intoxicação no Mercado do Peixe de Teresina

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O Ministério da Agricultura alerta para o risco de intoxicação no Mercado do Peixe de Teresina devido  as péssimas condições sanitárias. A situação será debatida em audiência pública com representantes do órgão para a implementação de melhoria estruturais. O local é o principal ponto para a  venda de pescado na Capital. 

"A situação é de extrema vulnerabilidade. Isso é um acinte a saúde pública. O pescado não passa por nenhum processamento que possa colocá-lo em termos de proteger a saúde do consumidor. O peixe é viscerado, as vísceras caem no chão e o gelo é misturado....todo o equipamento que tem aqui é de fácil contaminação e difícil higienização", alerta Eduardo Piauilino, auditor fiscal do Ministério da Agricultura e chefe do serviço de inspeção federal. 

O mercado tem 56 boxes, sendo 20 para vendas no varejo e os demais no atacado. Atualmente, cerca de 200 famílias dependem diretamente do comércio no local.

Entre os problemas facilmente visíveis estão fiações elétricas inadequadas, esgoto entupido, banheiros quebrados e estrutura física bastante deteriorada. Já o mau cheiro é perceptível do lado de fora do mercado onde há muitos urubus. 

"Nossos clientes não têm estacionamento... o sistema de esgoto está defasado, a reforma foi feita há muitos anos, sem falar na estrutura física", disse Maria Fortunata, permissionária no mercado. 

Os problemas não se limitam a estrutura física, mas também ao acondicionamento do pescado. A situação será discutida com representantes do Ministério Público, prefeitura de Teresina,  Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) e Vigilância Sanitária. 

"É preciso que os órgãos se unam para que possamos encontrar uma solução. Acredito que o ideal seria criar um  terminal pesqueiro para que o peixe possa ser higienizado no cilindro com água clorada para, em seguida, ser colocado no gelo. Também seria necessária uma estrutura de inox para que o pescado fosse exposto ao consumidor de maneira adequada", sugere Piauilino que relata, atualmente, uma situação bem diferente. 

"O que a gente vê são peixes, o dia inteiro, expostos em pedras e tábuas. Com certeza, a toxi-infecção alimentar é iminente. É um problema de saúde pública grave. Assim não dá para continuar", alerta o auditor fiscal do Ministério da Agricultura.

Por meio de nota, a Superintendência de Desenvolvimento Urbano Leste (SDU-Leste) informou que tem realizado uma série de medidas para a melhoria do mercado em parceria com os permissionários. São citados, por exemplo, a reforma da casa de lixo, regularização do cadastro dos comerciantes e ligações elétricas, execução da limpeza geral, bem como a remoção de baús velhos e sucatas. 

Na nota consta ainda que há um projeto em andamento para a revitalização do espaço.


Graciane Sousa
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