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Consultora do Ministério dos Direitos Humanos defende Praça dos Orixás

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Foto: Renato Bezerra

Em visita ao Piauí, a consultora sobre intolerância religiosa do Ministério dos Direitos Humanos, Andréa Guimarães, defendeu a inauguração da Praça dos Orixás, em Teresina, como uma forma de reconhecer as expressões africanas como parte da formação cultural brasileira. Em entrevista à Rádio Cidade Verde, a especialista afirma que muitas pessoas confundem o aspecto cultural com o religioso. 

"A gente tem que distinguir cultura de religião. Eu acredito que hoje a Praça dos Orixás é um reconhecimento da formação da cultura brasileira utilizando a expressão afro", disse Andréa Guimarães, no Acorda Piauí desta quarta-feira (8). 

A praça será inaugurada nesta quinta-feira (9), no parque Lagoas do Norte, e foi alvo de críticas até de vereadores da capital, que defenderam que o Estado é laico e o não direcionamento de recursos para uma religião. 

Para Andréa Guimarães, há confusão em parte da sociedade sobre laicidade e defendeu que é preciso valorizar a contribuição africana para a cultura brasileira. "Eu acho que a Praça dos Orixás simboliza mais um aspecto cultural e de reconhecimento dessa cultura na formação brasileira do que necessariamente religiosa. Acho importante as pessoas terem esse olhar".

A consultora lembrou que vários símbolos do catolicismo ocupam espaços público. "Da mesma forma que muitas igrejas são tombadas como patrimônio histórico, vários terreiros estão sendo tombados no nosso Brasil exatamente porque eles compõem um patrimônio histórico da formação do nosso país", completou. 

Ouça a entrevista na íntegra:

Fábio Lima
[email protected]

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