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Secretário diz que eleição foi açodada na Câmara e que PMDB se equivocou

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O secretário de governo da Prefeitura de Teresina, Charles da Silveira, afirmou nesta quarta-feira (22) que o rompimento com o PMDB foi um fato político por conta do seu comportamento na base do Executivo municipal. O estopim da crise aconteceu na eleição do vereador Jeová Alencar (PSDB) para presidente da Câmara Municipal, onde vereadores do PMDB não atenderam ao pedido de Firmino de não comparecer à sessão. O gestor disse que o diálogo com os vereadores já está sendo retomado e que os muros do Palácio da Cidade vão continuar altos para evitar pedidos não republicanos. 

“Os muros que nós temos na prefeitura de Teresina são para impedir pedidos não republicanos. Este muro vai continuar lá alto e permanente. Os pedidos não republicanos não serão recebidos”, disse o secretário em entrevista à TV Cidade Verde.

Charles afirmou que ficou clara a intervenção de “forças externas” na eleição da Câmara e definiu o pleito como açodado. “Tentamos um diálogo com a nossa base. É uma convicção nossa que teve forças externas políticas nessa eleição. A nossa percepção é que maculou o processo. Não existe nada contra a eleição do vereador Jeová. É do PSDB, sempre foi um companheiro de partido e nunca tivemos problema. O Jeová naquele dia ou na terça seria o nosso presidente. Achamos que houve uma interferência indevida. Nós sabemos enquanto Palácio da Cidade quem participou”, declarou.

O secretário comentou ainda as críticas que o presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Themístocles Filho, fez durante entrevista à TV Cidade Verde nesta terça-feira (21) e ressaltou que houve exagero. “Nós tomamos uma atitude de natureza política. Não houve nada de pessoal. Aquilo (críticas de Themístocles) foi um ponto fora da curva. Aquilo não é o natural dele. A cidade de Teresina conhece todos os personagens desse evento político. A cidade conhece o prefeito e o presidente Themístocles. A cidade de Teresina vai avaliar quem tem razão. Nós respeitamos os agentes públicos e políticos”, rebateu, voltando a destacar que o rompimento com o PMDB foi consequência de sua postura.

“Houve uma consequência política desfazendo um acordo que tinha com o PMDB em função do seu comportamento que nós entendemos que foi equivocado. Informamos aos secretários que a saída deles era em função de natureza política”, acrescentou. Após a eleição na Câmara, o secretário de governo, Charles Silveira, comunicou ao PMDB as demissões de James Guerra, que era titular da Fundação Wall Ferraz, e Ricardo do Rego Monteiro, que representava a SDR.

Charles garantiu que a base está sendo recomposta e que Firmino já tem maioria novamente. “Hoje nós já temos 16 na base. Temos a maioria novamente. Continuamos conversando com outros vereadores e pretendemos chegar a 20 para apoiar as ações da prefeitura”, afirmou, destacando uma conversa que teve na manhã de hoje com o vereador Jeová Alencar.

“Hoje pela manhã tive uma conversa com o Jeová amistosa, respeitosa, onde nós pudemos de maneira franca externar nossos pontos de vista. Ele é um amigo pessoal e iremos continuar avançando em beneficio com a cidade de Teresina. Amanhã ele conversa com o prefeito e as coisas se restabelecerão. A vida continua”, declarou.

Foto: Wilson Filho

O secretário ressaltou que ninguém foi exonerado a exceção dos dois secretários do PMDB. “Estamos conversando com os vereadores. O Firmino não vai agir com o fígado, ele é cerebral, age com o interesse da cidade. Ninguém foi exonerado, salvo os dois secretários do PMDB”, destacou.

Vice está fora da confusão

O vice-prefeito de Teresina, Luis Junior, que é do PMDB, saiu intacto do rompimento. Segundo o secretário de governo, ele não participou do processo. “O vice é um cidadão e tem a sua postura institucional. Ele não participou desse processo na Câmara. Já inventaram situações, mas ele não se curva a interesses menores”, afirmou.

2018

O secretário disse ainda que o prefeito vai participar do processo eleitoral em 2018 de forma ativa e que nenhuma decisão será de supetão. “Firmino nunca correu da luta. Temos orgulho de fazer parte do seu grupo político. Ninguém acha que ele vai tomar atitude de supetão ou de forma emocional. Ele avalia e conversa. Ele participará de forma ativa do processo eleitoral de 2018”, declarou.

Hérlon Moraes
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