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Desemprego levará 2 anos para voltar à taxa de 2016

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O Brasil ainda vai levar pelo menos dois anos para voltar a ter uma taxa de desemprego de um dígito, segundo estimam economistas. No trimestre encerrado em outubro, a desocupação no país ficou em 12,2%, pelos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem. O resultado é melhor que o do mês anterior, mas ainda está distante do patamar anterior à crise.

O índice de desocupação, medido pela Pnad Contínua, está em dois dígitos desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2016, quanto atingiu 10,2%. Em janeiro, a taxa era de 9,5%. Um estudo feito pela consultoria Schwartsman e Associados mostra que, para cada crescimento de um ponto porcentual acima do PIB potencial (o quanto o país pode crescer com as condições já existentes na economia), o desemprego medido pela Pnad Contínua responde caindo 0,5 ponto. O PIB potencial do País é estimado pela consultoria em 2% por ano.

O estudo aponta que seria preciso o país crescer 7% no ano que vem para que a taxa de desocupação ficasse abaixo de 10% já em 2018. A previsão mais otimista, porém, é ele crescer 3,5%. "A sensação térmica da economia é medida pelo emprego. O país voltou a crescer, mas isso não significa que esteja tudo bem", diz o economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central. "O impacto dos últimos anos é catastrófico. Ainda não temos certeza de quanto o País vai crescer daqui para frente, mas o desemprego só deve ficar abaixo de 10% se a evolução do PIB for parruda. Se o Brasil crescer só razoavelmente, na casa dos 3%, o desemprego só voltará a um dígito em 2020", diz.

Luiz Castelli, da consultoria GO Associados, concorda que, apesar da evolução mais favorável do mercado de trabalho e das perspectivas positivas para a economia brasileira, a taxa de desemprego pode descer a um dígito somente em dois ou três anos. Segundo ele, o movimento de geração de vagas é consistente com a recuperação gradual da economia, mas ainda há riscos de que a retomada seja prejudicada por incertezas políticas no ano que vem.

Fonte: Época

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