Alegando falta de repasse de subsídios por parte da prefeitura de Teresina, o Setut precisou fazer um empréstimo de R$ 1,2 milhão para evitar uma paralisação dos serviços de transporte coletivo na capital.

A iniciativa surgiu após um ofício do Sindicato dos Trabalhadores das equipes de transportes rodoviários do Piauí (Sintetro) que ameaçava a paralisação caso não fosse feito o repasse da segunda parcela do 13º salário dos servidores.
 
Hoje o quadro de funcionários é de quase 3 mil e a folha de pagamento gira em torno de R$ 2,2 milhões. Como o dinheiro não era suficiente o Setut recorreu ao empréstimo. A secretária executiva do Setut, Ídina Cristina, esclarece que o pagamento já foi efetuado após o empréstimo e admite a dificuldade atual em cumprir a folha.

"Na verdade esse débito da prefeitura é com o consórcio operacional que representa as empresas e não devidamente com o Setut. Como as empresas estava com esse atraso, surgiu essa possibilidade e tivemos que recorrer a prefeitura para fazer a antecipação de R$ 1 milhão e também a terceiros para poder complementar o restante da parcela com R$ 1,2 milhão", explica a secretária.

Segundo ela, o sistema está com dificuldades financeiras devido a falta de repasse que vem se acumulando. Para pagar o empréstimo, o Setut conta com o avanço das negociações com a prefeitura.

Em nota, a prefeitura de Teresina nega atraso nos repasses acrescenta que" tem cumprido religiosamente com as suas obrigações de pagamentos" . A nota acrescenta ainda que caso aconteça alguma paralisação a responsabilidade será dos empresários. "A Strans não tem como interferir por se tratar de algo que tem competência exclusiva do sindicato", finaliza a nota.

Rayldo Pereira
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