O reitor da Universidade Estadual do Piauí, Nouga Cardoso, declarou que está tranquilo em relação a operação da Polícia Federal que investiga supostas irregularidades nos programas federais UAB e Parfor. Ele confirmou que comparecerá informalmente na sede da Polícia Federal, mas nem ele ou outro gestor da instituição, foram intimados.
"Entrei em contato com a superintendente da PF nos colocando à disposição. Hoje à tarde farei uma visita, por orientação da procuradoria jurídica da Uespi, como forma de dizer que os esclarecimentos que buscávamos nos ofícios que foram encaminhados à Controladoria Geral da União ainda estão de pé. Queremos a apuração dos fatos para que a Uespi e seu corpo de administradores não fiquem com nenhum tipo de arranhão por conta desse processo investigativo. Quem não deve não teme, não tem o que esconder", declarou Nouga Cardoso.
"A CGE nos informou que, por se tratar de recursos federais, o caso deveria ser levado à CGU. Então encaminhamos o ofício à CGU em outubro do ano passado. A própria CGU deve ter feito as próprias investigações e em 14 de novembro foi instaurado um inquérito na Polícia Federal para investigar o caso. Acredito que parte da motivação da PF possa ter vindo da própria Uespi que, não tendo nada a esconder, solicitou a auditoria", explica o reitor.
Sobre a suposta participação de gestores, Nouga Cardoso disse apenas que a "PF é quem vai dar essa resposta".
Ao ser questionado sobre o pagamento de bolsas a pessoas sem curso de nível superior, o reitor justifica que para cursos de extensão é necessário apenas 'notório saber'.
"Para ministrar disciplina nos cursos de formação de professores, obviamente, é nessário ter formação superior, além das especializações. Já para os cursos de extensão, a própria Capes não obriga que a pessoa tenha curso superior na área, apenas que domine saberes que são atinentes àquele curso de extensão que está sendo ministrado", explica Cardoso.
Graciane Sousa
[email protected]