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FAB: avião que caiu com Teori não registrou pane

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Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou nesta segunda-feira (22) um relatório no qual informou que não há registro de pane ou mau funcionamento no sistema do avião que caiu com o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), em janeiro do ano passado.

Teori e mais quatro pessoas morrreram no acidente, em Paraty (RJ). Segundo a FAB, embora o piloto do avião, Osmar Rodrigues, fosse "experiente", na hora do acidente as condições de visibilidade eram "restritas".

Saiba abaixo os principais pontos do relatório da FAB:

  • Não há registro de pane ou mau funcionamento no avião;
  • O piloto era "experiente" e tinha 30 anos de atuação;
  • Visiblidade era "restrita", "muito abaixo" da exigida e informação estava disponível;
  • Vítimas morreram por politraumatismo.

Segundo o coronel Marcelo Moreno, responsável pela investigação, a apuração da FAB identificou que a visibilidade na baía de Paraty estava abaixo da recomendada para operações.

"A visibilidade horizontal da baía do Paraty no momento do acidente estava em 1,5 mil metros, muito abaixo da requerida, que é de 5 mil metros."

Segundo Moreno, essas informações estavam disponíveis ao piloto do avião.

O coronel disse, ainda, que Osmar Rodrigues tinha quase 7,5 mil horas de voo e, somente na aeronave que caiu, KingAir C90, quase 3 mil horas.

Segundo o coronel da FAB, Rodrigues pilotava o avião desde 2010 e, nos 12 meses anteriores ao acidente, havia feito 33 voos com destino a Paraty – o piloto estava com a documentação em dia.

"Não foram verificadas questões de qualificação que indicassem deficiências nas operações conduzidas pelo piloto."

O acidente completou um ano no último dia 19 e, nesta segunda, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da FAB apresentou o relatório sobre as investigações.

O Cenipa não aponta culpado num acidente aéreo. Apresenta fatores que contribuíram para a causa do acidente, de forma a evitar novos desastres aéreos.

O que provocou a morte das vítimas

De acordo com o relatório do Cenipa, a principal causa da morte das cinco pessoas a bordo do avião foi politraumatismo, ou seja, os impactos causados pela queda da aeronave.

"Ainda que tenha sido divulgado que um dos tripulantes foi encontrado com vida 40 minutos após o acidente, o afogamento foi causa acessória do acidente. A causa mortis foi politraumatismo", disse Marcelo Moreno nesta segunda.

Em janeiro de 2017, o avião com o ex-ministro decolou do Campo de Marte, em São Paulo, com destino a Paraty, no Rio de Janeiro.

Chovia forte na hora do pouso, e o piloto chegou a arremeter e tentar pousar novamente, quando a aeronave caiu no mar.

Além de Teori, então relator da Operação Lava Jato no STF, morreram o empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, a massoterapeuta Maira Lidiane Panas, a mãe dela – Maria Ilda Panas – e o piloto Osmar Rodrigues.

Após a morte do ministro, coube ao presidente Michel Temer indicar um substituto para a Corte. O escolhido foi o então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que teve o nome aprovado pelo Senado. Moraes herdou cerca de 7,5 mil processos.

Fonte: G1

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