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PF pede acesso a investigação contra Temer arquivada

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O presidente do Brasil, Michel Temer (Foto: Mateus Bonomi / AGIF/AFP)

O delegado da Polícia Federal Cleyber Lopes, encarregado da investigação contra o presidente Michel Temer no chamado inquérito dos portos, pediu ao ministro Roberto Barroso para ter acesso a informações de outra investigação que tramitou no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar o envolvimento do emedebista em pagamento de propina na área portuária.

O inquérito foi arquivado em 2011 pelo ministro Marco Aurélio Mello, a pedido do ex-procurador-geral da República Roberto Gurgel. No curso da atual apuração, aberta a partir da delação premiada de executivos do grupo J&F, a PF reuniu elementos que indicaram a necessidade de analisar o material colhido anteriormente.

Temer aparecia na condição de investigado ao lado de Marcelo Azeredo, ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), um apadrinhado do presidente da República. Entre os documentos anexados ao inquérito arquivado estava uma planilha que, suspeitavam os investigadores, fazia referência à distribuição de propina desviada de contratos do Porto de Santos.

A PF justificou o pedido em razão das menções ao conteúdo da apuração antiga no caso atual, "com possível envolvimento de alguns dos personagens aqui investigados, para fins de esclarecimentos sobre os vínculos destes com a Codesp e empresas concessionárias da exploração de terminais portuários em Santos/SP".


Pedido da PF para compatilhar inquérito antigo contra Michel Temer foi enviado ao STF (Foto: Reprodução)

No mesmo documento em que pede o compartilhamento o inquérito arquivado, o delegado Lopes propõe a prorrogação do inquérito para a continuidade das investigações, além de apresentar um relatório das providências adotadas até o momento.

A reportagem procurou a defesa de Temer. Tão logo os advogados do presidente respondam, a notícia será atualizada. Nas respostas às perguntas enviadas à PF, o emedebista disse que Marcelo Azeredo foi nomeado para a Codesp pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso após consulta do PMDB de São Paulo quando ele, Temer, era líder da bancada. "Jamais solicitei que intermediasse interesse de qualquer espécie", afirmou o presidente.

Fonte: Época 

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