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Mulheres representam 37% do empresariado piauiense, afirma Junta Comercial

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Empreender é realizar, tentar, acreditar e movimentar. Quem abre uma empresa precisa diariamente lidar com desafios, gerencia marcas, cria produtos, vende, compra, estabelece relacionamentos com fornecedores e colaboradores, gera emprego e renda, se dedica diariamente a conquistar clientes, atender suas demandas e expectativas de um público cada dia mais exigente. Nesse cenário de constante desenvolvimento, a liderança feminina tem ganhado cada vez mais força no mercado.

De acordo com dados da Junta Comercial do Estado do Piauí (Jucepi), 37% das companhias registradas no estado possui pelo menos uma mulher como sócia. São quase 80 mil empresas ativas constituídas por mulheres, porém estima-se que esse número seja bem maior, pois não estão inclusos Microempreendedores Individuais (MEI) nesta contagem.

Alzenir Porto, a primeira mulher a presidir a Junta Comercial do Estado do Piauí em mais de 100 anos de história da autarquia, comenta este novo cenário. “Muitas empresárias nascem por necessidade, buscando um meio de sustentar a família, complementar a renda, e, neste caminho, elas acabam se descobrindo. Nós, mulheres, temos a capacidade em lidar e exercer várias funções ao mesmo tempo, somos mães, filhas, empresárias, funcionárias, esposas, chefes de família, e desempenhamos esses papéis com excelência. O mercado ainda tende a valorizar o masculino, mas as mulheres vêm mostrando toda a força e competência”, comentou a também empresária Alzenir Porto.

Ana Carolina Melo é mais um exemplo de mulheres empreendedoras. Funcionária pública, formada em Direito, há, quase, três anos, Carol decidiu abrir o próprio negócio ao lado de outra grande mulher, sua mãe. Para ela, empreender é um desafio e também uma paixão.

“Sempre houve uma grande competição no mercado de trabalho, onde havia aquela ideia de que a mulher tinha que ser a melhor, mas nunca existiu tanto empoderamento dela. Minha empresa é meu amor, e tudo que colocamos amor cresce. Estamos trabalhando muito para conquistar nosso lugar ao sol. Eu acredito no crescimento do mercado e do empreendedorismo feminino. Estamos mostrando força”, ressaltou Ana Carolina.

As mulheres têm aumentado sua representatividade e inovado nas formas de trabalho, criando novos caminhos a serem explorados nos negócios. Mas empreender inicia bem antes da abertura de uma empresa. A escritora Laís Rosa sabe bem disso. Laís é uma jovem de 24 anos que encanta com as palavras e com suas ilustrações. Profissional em um meio onde há predominância masculina, a artista utiliza da sensibilidade, delicadeza e força feminina para se destacar.

“Não acredito em ‘sexo frágil’, mas podemos aliar nossa força com a sensibilidade. Não é fácil ser mulher onde os homens são maioria, há muita resistência tanto por parte deles quanto do público, mas a gente não pode desistir, o empreendedorismo feminino tem força e precisamos mostrá-la”, finalizou Laís Rosa.

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