Cidadeverde.com

SP: polícia lança bombas em ato de professores

Imprimir

O protesto realizado por professores municipais em frente à Câmara Municipal de São Paulo nesta quarta-feira (14) teve confusão entre manifestantes, guardas-civis e policiais militares. Houve tentativa de invasão e vidros da Casa foram quebrados. Bombas de gás lacrimogênio foram lançadas pela Polícia Militar.

O ato é contra a reforma da Previdência de servidores municipais. De autoria da gestão de João Doria (PSDB), o projeto de lei pretende, entre outros pontos, aumentar a alíquota básica de 11% para 14% (saiba mais abaixo). Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, o tema faz parte da pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que ocorre nesta quarta.

Doria, que participa de evento no Fórum Econômico Mundial para a América Latina, condenou o que chamou de 'invasão' da Câmara e disse que houve excesso da Guarda Civil Metropolitana.

O protesto fechou o Viaduto Jacareí. Parte dos manifestantes pôde entrar na Casa para acompanhar a sessão aberta, mas a maioria ficou de fora.

Por volta das 14h, os manifestantes que ficaram de fora tentaram entrar no prédio, mas foram impedidos pelos guardas e por PMs.

Houve confronto e bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral foram jogadas. Um grupo usou os gradis para tentar quebrar os vidros da porta da Câmara, que são blindados.

O confronto seguiu no Viaduto Jacareí. Os manifestantes jogavam pedras e os PMs, bombas. A maior parte dos manifestantes se dispersou, mas a via seguia fechada às 15h20 por causa de pequenos focos de conflito.

Houve tumulto também no interior da Casa, com ao menos uma manifestante ferida.

A vereadora Sâmia Bonfim (PSOL) compartilhou a imagem de uma mulher em sua página no Facebook que, segundo ela, é uma “servidora que se manifestava contra o SAMPAPREV” e que “foi espancada pela GCM” durante o protesto.

A sessão que discute a reforma chegou a ser interrompida. Por volta das 15h20 os trabalhos foram retomados, mas sem público e com as portas fechadas.

Às 16h, os vereadores aprovaram a proposta de aumentar a alíquota básica de 11% para 14% na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O PL ainda precisa passar por mais duas comissões para depois ser encaminhado à plenária e ser votado.

Doria condena excessos

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), condenou na tarde desta quarta-feira o que chamou de “invasão” da Câmara por professores municipais e disse que houve excesso tanto de manifestantes quanto da Guarda Civil Metropolitana durante a confusão.

Doria deu as declarações em hotel da Zona Sul da capital paulista, após participação no Fórum Econômico Mundial para a América Latina, evento voltado para investidores. Ele conversou com jornalistas instantes após a confusão no Câmara, no Centro da cidade.

Houve uma invasão, é preciso estar claro. Aliás, não foi um convite [feito aos professores], foi uma invasão, o que não justifica nenhum tipo de violência, nem da parte que invade, nem da parte que é invadida. A Prefeitura, a figura do prefeito, não justifica nem ampara nenhum tipo de invasão, mas condena a invasão”, declarou o prefeito (veja no vídeo acima).

Questionado sobre se acha que houve excesso, o prefeito disse que “houve excesso das duas partes, de quem invadiu e da GCM também”.

Fonte: G1

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais