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Grupo é preso ao entrar com drogas nas partes íntimas na Irmão Guido

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Cinco mulheres foram presas em flagrante ao tentar entrar na Penitenciária Irmã Guido, na zona rural de Teresina, com drogas nas partes íntimas, na tarde de ontem (15). De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí, elas foram descobertas ao passar por uma vistoria corporal pelas agentes, que desconfiaram da atitude do grupo. 

As mulheres iriam repassar as drogas para os companheiros que estão reclusos na unidade, muitos respondem pelo crime de tráfico de drogas. O grupo colocou nas partes íntimas drogas do tipo cocaína, maconha e crack.  Elas foram encaminhadas para a Central de Flagrantes de Teresina. 

O diretor de assuntos sindicais, Jefferson Dias, ressaltou que a unidade prisional não possui nenhum equipamento de scanner corporal, um raio-x para que as pessoas não passem pelo contato humano. Essa seria uma antiga cobrança dos profissionais como de alguns visitantes. 
  
“A lei manda que a ‘revista vexatória’ não deveria mais ocorrer, mas nesse caso foi preciso porque nós não temos um ‘scanner corporal’. As agentes penitenciárias precisam fazer um trabalho minucioso para evitar que as mulheres entrem com droga. A Secretaria de Justiça promete essa máquina, mas nunca adquiriu”, disse o diretor. 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e outras instituições recomendam o fim desse procedimento, chamada de "revista vexatória", por considerá-lo ofensivo aos direitos individuais garantidos pela Constituição Federal.

Já o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), publicou a Resolução nº 5, de 28 de agosto de 2014, em que determina a substituição da revista íntima pelo uso de equipamentos eletrônicos detectores de metais, aparelhos de raios X, escâner corporal, entre outras tecnologias capazes de identificar armas, explosivos, drogas e outros objetos ilícitos.

Jefferson Dias ressaltou que nenhuma penitenciária possui o scanner corporal, as unidades possuem apenas o raio-x para vistoriar produtos, detectar mental, como armas de fogo ou branca. 

Outro alerta é de que algumas das mulheres presas já são reincidentes nessa prática, que também pode se configurar tráfico de drogas já que os presos acabam comercializando o entorpecente nas penitenciárias.

“Elas são pegas, fica suspensa a visita por 30 dias, mas quando retornam as visitas tentam entrar novamente com a droga. A meu ver, elas deveria ser proibidas porque a suspensão não está fazendo efeito”, critica o sindicalista. 

O Cidadeverde.com aguarda contato com a Sejus para esclarecimentos sobre a aquisição do material.


Carlienne Carpaso
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