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Morte da vereadora Marielle levanta debate sobre violência contra negros

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A morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) causou comoção e revolta no Brasil e em várias partes do mundo. O assassinato da parlamentar na noite de quarta-feira no Rio de Janeiro reascende o debate sobre a violência contra os negros. O tema foi discutido no Jornal do Piauí desta sexta-feira (16). 

Para a secretária da mulher do PSOL estadual, Letícia Lima, o momento é de reflexão. "O que aconteceu nos traz um momento de muita dor e reflexão, mas ao mesmo tempo nos impõe alguns desafios. O primeiro deles é lutar pela apuração do crime e saber exatamente o que aconteceu e o segundo é manter as pautas que ela lutava", declarou.

Segundo a militante do PSOL, a luta de Marielle é a mesma em vários lugares do Brasil. "As pessoas negras já sofrem há muito tempo e a intervenção não é a solução", disse.

Andreia Marreiro, mestre em direitos humanos, disse que a vereadora foi morta por um conjunto de identidades.

"É preciso que a gente pergunte quem é a Marielle. Por que a sua morte é singular? Era uma pensadora, uma mulher bissexual, eleita com quase 50 mil votos, denunciava e defendia a pauta de todas as pessoas. Ela foi morta por esse conjunto de identidades", declarou.

Foto: Wilson Filho

Ainda de acordo com a mestra, Marielle foi vítima por ser negra. "Ela denunciava a perversidade do sistema de segurança. Ela foi morta porque habitava um corpo matável, me refiro a uma estrutura que mata corpos negros e está aí evidente nos dados da violência contra as mulheres negras. A violência contra corpos negros são violências autorizadas, a gente não se espanta e se indigna", ressaltou.

Com informações da TV Cidade Verde
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