Os moradores do residencial Pedro Balzi, zona Sudeste de Teresina, realizaram um protesto contra a mudança no sistema de ônibus coletivo da capital. Um grupo de manifestantes está em frente a garagem de ônibus da região evitando a saída dos veículos.

Homens do batalhão da Rone já estão no local acompanhando o movimento. Os moradores denunciam que estão sendo prejudicados com a redução da frota que atendia a região. Dos seis ônibus que circulavam no residencial, apenas seis estariam circulando após a implantação do sistema Inthegra.

De acordo com Orlando Matias, morador da região, a população do residencial está sendo prejudicada. “A frota foi reduzida. Quando os ônibus chegam aqui não conseguimos mais entrar. As pessoas estão chegando atrasadas nos seus compromissos. Não aceitamos essa situação e queremos uma providência”, afirmou.

Os moradores denunciam que devido à demora e a lotação dos ônibus, na volta para casa, eles estão pegando ônibus que não entram no residencial. Com isso, são obrigados a caminhar por uma longa distância com risco de serem assaltados.

“É o jeito pegar outro ônibus que não entra no bairro. Somos obrigados a caminhar uma longa distância. As pessoas ainda correm o risco de serem assaltadas. Todos têm medo, mas é preciso correr o risco para chegar em casa”, declarou.

Strans nega redução

O diretor de Transportes Públicos da Strans, Francisco Nogueira, discorda das denúncias e diz que monitoramentos feitos na região não comprovam a redução da frota. Segundo ele, relatório da bilhetagem mostra que a demanda do residencial é menor do que a oferta de veículos.

“Todos os dias fazemos o relatório da bilhetagem que nos diz tudo sobre os ônibus como trajeto, horário, demora, entre outras coisas. Esse relatório mostra que não houve redução no residencial e que a demanda de passageiros é menor. Não justifica”, disse.

Nogueira afirma que há uma tentativa de tumultuar a o processo de integração. “Acho estranho porque eles fizeram esse protesto só hoje. Se os problemas já estavam acontecendo por que só agora? Há uma tentativa de tumultuar o Inthegra. Não verificamos motivos para essa manifestação”, declarou. 

Lídia Brito
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