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Lula afirma que sua prisão é "absurda" e "sonho de consumo" de Sérgio Moro

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Com prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro nesta quinta-feira, 5, o ex-presidente Lula (PT) disse em entrevista durante percurso em direção ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo (SP), que a decisão é um "absurdo" e que o juiz não respeitou o fim do julgamento em segunda instância para realizar seu "sonho de consumo", que seria prender o petista.

A entrevista foi concecida a Kennedy Alencar, conforme relata o próprio jornalista no Twitter. Segundo Alencar, Lula ainda não decidiu se irá se entregar à Justiça ou não – já que Sergio Moro estabeleceu que o ex-presidente deve se entregar até às 17 horas desta sexta-feira, 6 – e que irá aguardar orientação de advogados.

Lula acredita que a prisão representa o "sonho de consumo" de Moro e de outros que querem ver o petista "um dia preso". O ex-presidente disse que ainda não sabe se discursará nesta noite de quinta-feira. 

 

Atualizada às 18h

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na noite desta quinta-feira (5) na sede do Sindicato dos Metúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, com lideranças do PT após ter a ordem de prisão expedida pelo juiz federal Sérgio Moro. Segundo o pedido, Lula deve se entregar até as 17h desta sexta-feira (6) à Polícia Federal em Curitiba. O juiz vetou o uso de algemas "em qualquer hipótese" (leia a íntegra do despacho).

Além de Lula, estão reunidos a ex-presidente Dilma Rousseff, o deputado Paulo Pimenta, o senador Lindbergh Farias, o ex-prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, os governadores Camilo Santana (Ceará) e Wellington Dias (Piauí), Guilherme Boulos, lider do MTST, e Wagner Santana, presidente do sindicato.

Lula chegou às 19h10 à sede do sindicato. Em nota, a defesa de Lula afirmou dizendo que o mandado de prisão contra o petista, expedido nesta quinta-feira (5) pelo juiz Sérgio Moro, "contraria" decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

"A expedição de mandado de prisão nesta data contraria decisão proferida pelo próprio TRF4 no dia 24/01, que condicionou a providência - incompatível com a garantia da presunção da inocência - ao exaurimento dos recursos possíveis de serem apresentados para aquele Tribunal, o que ainda não ocorreu. A defesa sequer foi intimada do acórdão que julgou os embargos de declaração em sessão de julgamento ocorrida no último dia 23/03. Desse acórdão ainda seria possível, em tese, a apresentação de novos embargos de declaração para o TR4", diz a nota.

Durante a tarde, ele participou de uma reunião no Instituto Lula também com liderança do partido. A senado Gleisi Hoffmann criticou a decisão do STF, afirmando que parte dos ministros impediram “que o Tribunal cumprisse o seu papel de guardião da Constituição, retirando do presidente Lula o direito que a Constituição lhe resguarda de presunção da inocência”.

Ela acrescentou que a prisão de Lula será uma violência e defendeu a inocência dele. "Consideramos uma prisão política. É uma prisão que vai expor o Brasil ao mundo. Viraremos uma republiqueta de bananas.”

 

Fontes: G1 e Correio

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