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Presidente da China promete 'abertura econômica' e cortar tarifas

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O presidente da China, Xi Jinping, prometeu nesta terça-feira abrir mais a economia do país e reduzir tarifas de importação sobre produtos como carros, em um discurso visto como uma tentativa de acalmar a disputa comercial com os Estados Unidos.

"A China vai entrar em uma nova fase de abertura", declarou Xi em discurso para altos dirigentes internacionais reunidos no Fórum de Boao para a Ásia, uma conferência conhecida como o "Davos chinês".

"A China não está tentando obter um excedente comercial", garantiu Xi, no momento em que os Estados Unidos acumulam um imenso déficit com o gigante asiático, que totalizou US$ 375 bilhões em 2017, um dos principais motivos de queixa do presidente americano, Donald Trump, a respeito de Pequim.

"A globalização econômica é uma tendência irreversível no momento", declarou Xi no fórum.

"A porta da China está se abrindo e não se fechando, e se abrirá mais e mais", acrescentou.

Embora a maior parte das promessas sejam reiterações de reformas anunciadas anteriormente, as declarações de Xi fizeram as ações e o dólar subirem por expectativas de um acordo que possa evitar uma guerra comercial.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,93%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,67%, o melhor desempenho diário em sete semanas.

Xi afirmou que a China vai ampliar o acesso ao mercado para investidores estrangeiros, uma importante reclamação dos parceiros comerciais do país e um ponto de discórdia para o governo dos Estados Unidos, que ameaçou com bilhões de dólares em tarifas sobre produtos chineses.

O discurso no Fórum Boao para a Ásia já era esperado como uma das principais declarações de Xi em um ano em que o Partido Comunista marca o 40º aniversário de suas reformas econômicas e abertura sob o comando do ex-líder Deng Xiaoping.

O presidente americano Donald Trump acusa Pequim de práticas comerciais desleais, especialmente de "roubo de propriedade intelectual" e pela "transferência forçada de tecnologia", que resultaram no colossal déficit comercial, acusações rejeitadas por Pequim.

China sinaliza redução de tarifas
Sem responder diretamente a Trump, Xi prometeu que a China reduziria as tarifas para os carros e outros bens, sem apresentar detalhas ou revelar uma data para a entrada em vigor da reforma.

Xi disse que a China vai elevar o limite de propriedade estrangeira nos setores de automóveis, construção naval e de aeronaves "o mais rápido possível", e avançar com medidas anunciadas anteriormente para abrir o setor financeiro.

"Neste ano, vamos reduzir consideravelmente as tarifas de importação de automóveis, e ao mesmo tempo reduzir as tarifas de importação de alguns outros produtos", disse Xi.

O presidente chinês também prometeu medidas específicas para proteger a propriedade intelectual.

"Este ano, vamos reorganizar a Agência Estatal de Propriedade Intelectual para fortalecer a aplicação da lei", afirmou.

Ele também disse que a "mentalidade da Guerra Fria" e arrogância se tornaram obsoletas e serão repudiadas. O discurso dele não mencionou especificamente os EUA ou suas políticas comerciais.

Fonte: G1

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