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Vereador Tarcísio Motta depõe nesta quinta no inquérito que apura as mortes de Marielle e Anderson

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Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Globo / 15.03.2018

O vereador Tarcísio Motta (PSOL) presta depoimento, na tarde desta quinta-feira, na Delegacia de Homicídios (DH) da Capital. O parlamentar chegará à unidade, que fica na Barra da Tijuca, às 14h. Ele será ouvido no inquérito aberto para apurar as mortes da vereadora Marielle Franco, também do PSOL, e do motorista Anderson Gomes.

Tarcísio é o sétimo vereador ouvido pela DH, que concentra a investigação sobre os assassinatos — que completam um mês neste sábado — na Câmara Municipal do Rio. Já prestaram depoimento, como testemunhas,Renato Cinco e Babá, ambos do PSOL; Zico Bacana e Marcello Siciliano, do PHS; Italo Ciba, do Avante; e Jair da Mendes Gomes, do PMN.

Na última terça-feira, foram entregues intimações aos vereadores Jones Moura (PSD) e a Val Ceasa (PEN). Os depoimentos dos parlamentares são para ajudar os agentes a descobrirem a motivação do crime. A investigação está sendo mantida em sigilo.

'DNA paramilitar' no crime

O uso de pelo menos um projétil especial na morte de Marielle e Anderson reforça a suspeita de que, nas palavras de um investigador, "há DNA de um grupo paramilitar no crime". Além disso, ele vê a possibilidade de existir um elo entre o duplo homicídio no Estácio e cinco assassinatos praticados em Niterói e São Gonçalo.

Policiais civis e federais que investigam a morte de Marielle e de Anderson conseguiram colher digitais parciais do assassino ou da pessoa responsável por municiar a pistola 9mm usada no crime, ocorrido no último dia 14. Elas estavam em cápsulas encontradas por peritos na esquina das ruas João Paulo I e Joaquim Palhares, no Estácio, onde aconteceu o ataque ao carro das vítimas.

Especialistas examinaram nove cápsulas, sendo oito do lote UZZ 18, vendido pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) em dezembro de 2006 para o Departamento da Polícia Federal em Brasília e distribuído para todo o país. Um único projétil faz parte de um carregamento importado, e, de acordo com investigadores, tem características especiais, semelhantes à de uma outra cápsula de um homicídio que aconteceu fora da capital, na Região Metropolitana do estado.

As digitais encontradas nas cápsulas, segundo um perito, “estão fragmentadas”. Isso significa que, num primeiro momento, não podem ser comparadas com as armazenadas no banco de dados das polícias Civil do Rio e Federal. Porém, segundo policiais que atuam no caso, é possível confrontá-las com as de um eventual suspeito.

Atos em homenagem às vítimas

Em homenagem a Marielle e a Anderson, vários atos serão feitos no sábado. Intituladas como “Amanhecer por Marielle e Anderson”, as ações são organizadas pelo PSOL, partido da vereadora, e por movimentos sociais e vão começar ainda na madrugada em diferentes lugares do Rio, do país e até do mundo como em Buenos Aires, na Argentina; e em Budapeste, na Hungria.

Segundo os organizadores, a ideia é amanhecer colorindo praças com flores e intervenções culturais e conversando com as pessoas, em todos os cantos, para fazer viva a memória de Marielle e de Anderson. No site da vereadora, o convite é para que as pessoas se juntem às mobilizações já existentes ou criem seus próprios eventos em suas cidades.

No Rio, as ações acontecerão nos Arcos da Lapa; nos Largos dos Guimarães, do Curvelo e das Neves, em Santa Teresa; na Praça Sans Peña, na Tijuca; na Praça Sete, em Vila Isabel; na Praça Edmundo Rêgo, no Grajaú; no metrô do Estácio; em Niterói, na Região Metropolitana; na Vila do Abraão, em Ilha Grande, entre outros locais. Já em São Paulo, uma das homenagens será no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista.

Fonte: Extra

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