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Velório do juiz José Alves reúne parentes e amigos na Maçonaria

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Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com
O corpo do juiz José Alves de Paula, da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública, chegou por volta de 19h40 à Loja Maçônica Cruzeiro do Sul, ao lado do Liceu Piauiense, Centro/Norte de Teresina. Ele faleceu no início da tarde após sofrer três paradas cardíacas e passar quase um mês internado no ProntoMed, onde foi operado para se recuperar de uma diverticulite (inflamação no intestino).
 
Houve dificuldade para levar o caixão, que veio direto do hospital, pelos dois lances estreitos de escada da Loja Maçônica até o auditório do prédio, onde parentes e amigos já aguardavam pela chegada do corpo. Emocionada, a esposa Ivanildes de Oliveira Paula também demonstrou inconformismo. Ao lado do caixão, ela chorou a perda de quem chamava de pai, filho e amigo.
 
Magistrados lamentaram a morte do juiz, que completou 66 anos em setembro. O desembargador Sebastião Ribeiro Martins, presidente da Associação de Magistrados do Piauí - Amapi -, cargo ocupado por duas vezes por De Paula, elogiou a pessoa discreta e reservada. "É uma perda muito grande. É uma pessoa que cuidava da saúde, pegou todos de surpresa", disse.
 
 
O juiz Oton Lustosa, amigo há mais de 20 anos do magistrado, também lembra dele como zeloso com a saúde, mas lamentou que a doença o tenha pego de forma inesperada. "Os magistrados estão de luto. Foi um grande magistrado, deu muito de si e contribuiu com o Judiciário e a categoria dos Magistrados. Juiz operoso, trabalhador, competente e muito amigo. Estamos muito tristes com essa perda", declarou.
 
O juiz Oton Lustosa (acima) e o desembargador do TJ Joaquim Santana
 
Juiz das comarcas de Corrente, São Raimundo Nonato e em Teresina, além do Tribunal Regional Eleitoral, José Alves de Paula teve de fazer três cirurgias para tentar curar a diverticulite. Ele chegou a concorrer a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça em 2007, mas perdeu para Valério Chaves. Sentindo-se injustiçado, recorreu ao Conselho Nacional de Justiça, onde foi novamente derrotado.
 
O desembargador Joaquim Santana declarou que José Alves deixa uma lacuna muito grande. "Foi um juiz de grande integridade moral, bom amigo e respeitado".
 
 
Colega de curso de Direito, o deputado federal Júlio César (DEM/PI) disse que, se vivo, o juiz seria o futuro desembargador do Estado. "Era um cidadão de bem e um amigo fiel", descreveu o parlamentar. Além dele, outro político no velório é o presidente da Assembléia Legislativa do Piauí, deputado Themístocles Filho (PMDB).
 
O sepultamento acontecerá às 8h desta terça-feira, no cemitério Jardim da Ressureição.
 
Yala Sena (flash do local)
Fábio Lima (da Redação)
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