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Médicos municipais paralisam e serviços ficam suspensos nesta quarta (02)

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Ampliada às 11h47

Os médicos servidores da Fundação Municipal de Saúde (FMS) estão em paralisação de advertência nesta quarta-feira (02).  O presidente do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi), Samuel Rêgo, afirmou que a suspensão dos serviços por um dia foi necessário para cobrar o reajuste salarial dos médicos, além de alertar para as precárias condições de trabalho.

Todos os serviços eletivos, como consultas, exames e cirurgias, serão remarcados para outra data. Hoje somente os serviços de urgência e emergência deverão ser prestados à população nas unidades de saúde municipais.

“O que está motivando essa paralisação é exatamente a saúde de Teresina, que não está sendo tratada com prioridade. A categoria médica já está há 3 anos sem ter aumento apesar do prefeito (Firmino Filho) ter prometido em campanha estar implementando o piso da categoria”, disse Samuel Rêgo.

O presidente alertou que o Sindicato está apurando diversas denuncias sobre as condições precárias de trabalho. Dentre elas, o fato de um único médico plantonista chegar a atender 150 pacientes. 

“Os médicos sequer tem tempo de ir ao banheiro. Por conta dessa alta demanda, os pacientes muitas vezes chateados agridem esses médicos; os médicos não tem segurança. É absurdo”, acrescentou Rego, ressaltando a necessidade de concurso público.

FMS esclarece

Em nota, a FMS destacou que tem conhecimento sobre a paralisação dos médicos e ressaltou que o reajuste salarial está em discussão. A FMS disse ainda que o movimento grevista é legítimo, mas entende haver outras opções para resolver a situação sem penalizar o atendimento a população. Confira a seguir a nota na íntegra.
 

A Fundação Municipal de Saúde informa que tem conhecimento da paralisação dos médicos. Informa ainda que a principal reivindicação da categoria é o reajuste salarial, que está sendo discutido. A FMS tem 1.173 médicos efetivos em seu quadro de servidores.

O plano de cargos, carreiras e salários da categoria está sendo cumprido. A terceira etapa do plano foi realizada em 2015, onde os profissionais médicos tiveram um reajuste de 20%. Em 2016 todos tiveram progressão e promoção, o que acontece a cada dois anos. Então este ano de 2018 deverá acontecer novamente. Está sendo feito um levantamento do impacto de quanto isso custa para poder ser implantado.


A FMS entende que um movimento grevista é algo legítimo, mas quando não existem outras opções, o que não é o caso, pois existem conversas acontecendo. O movimento grevista penaliza a população, principalmente quem vem do interior para uma consulta, ou outro serviço de saúde, que foi agendado há algum tempo. Sabemos que geralmente são cidadãos com menor renda e que precisam ser respeitados.


O país inteiro vive uma séria crise econômica e para que a gestão tome qualquer decisão referente a reajuste salarial precisa-se haver um estudo financeiro, o que já está acontecendo. A Prefeitura de Teresina, só na saúde, possui mais de 11 mil servidores, o que representa 52% do total da folha de pagamento. Portanto, mais da metade.

Hospital Lineu Araújo é um dos afetados (Foto: Rômulo Piauilino)

 

Confira a matéria completa no vídeo acima e no Aplicativo CVPlay

 


Carlienne Carpaso
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