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Sem Lula, governador defende nome de Haddad ou Ciro Gomes

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Foto: Arquivo/Cidadeverde.com

O governador Wellington Dias (PT) afirmou que a aliança do PT com o pré-candidato à presidência pelo PDT, ex-governador Ciro Gomes, é uma das duas possibilidades para o PT atualmente. As declarações foram dadas em entrevista à Uol neste sábado (12). Wellington Dias também afirmou que caso a candidatura de Lula seja impugnada, a outra alternativa levantada atualmente pelo PT é a do ex-ministro Fernando Haddah para a presidência.

Como todo o restante do PT, Wellington Dias reiterou que antes de tudo a estratégia do partido é manter o nome do ex-presidente Lula. Ao Uol, o chefe do executivo no Piauí também revelou que o PT tomará uma decisão em junho ou julho, no período das convenções, depois de muito diálogo, mas adiantou que a palavra final será do próprio Lula. O gestor acredita que o PT, assim como ele, manterá o nome de Lula pelo menos até o dia 15 de agosto, prazo final para o registro de candidaturas.

“Eu, pessoalmente, advogo que nós vamos trabalhar com duas alternativas. Alternativa um: candidatura própria. Imagino eu que, nesse instante, o nome mais natural é o do ex-prefeito e ex-ministro Fernando Haddad. A alternativa 2 é apoio a um nome de um outro partido e, pessoalmente, entendo que o PDT é do nosso campo, o Ciro Gomes é do nosso campo. E por essa razão é um nome a ser tratado. Assim como Manuela D'Ávila, outros nomes do nosso campo”, afirmou o governador vislumbrando um cenário em que o PT saísse como vice de Ciro.

O gestor indicou quais as táticas montadas pelo PT daqui até o período eleitoral.  “Se o partido diz sim, se o presidente Lula diz sim, vai ter que ser registrado o nome dele. O que nós podemos colocar? Vamos ter que ter uma decisão técnica que é a seguinte: há um prazo para registro e prazo para substituições após o registro de candidatura. Se ocorrer a cassação do registro de candidatura [de Lula], vamos ter que ter uma alternativa. O nome que a gente tem dos que já foram citados é o nome do Fernando Haddad. Em tese, ou o dele ou um outro nome, o partido tem alternativas”.

De acordo com a entrevista, o chefe do executivo no Piauí disse que, dentro do PT, Lula é quem decidirá se será candidato ou não.

“Nós vamos, por volta de junho ou julho, nos sentar e tomar uma decisão. Certamente, a primeira pessoa, do ponto de vista do PT, que será ouvida para dar a palavra final é o ex-presidente Lula. Mas vamos manter um diálogo. Mesmo com ele candidato a presidente, a estratégia que estava trabalhada era que o Ciro Gomes pudesse ser candidato, a Manuela, o Boulos, a Luciana Genro, sei lá... qualquer um pudesse ser candidato. Isso porque a meta era levar a eleição a tomar outra dimensão, alguém ganhar no primeiro turno, que seja do nosso campo. Vamos pensar no Brasil antes de tomar essa decisão”, declarou.

Para o gestor piauiense, tirar Lula da disputa nesse momento seria uma "traição. “Do ponto de vista do PT, é natural, normalíssimo, que na fase em que estamos, pré-eleitoral, os partidos tenham um nome. O nome inconteste do PT, dentro do PT e abraçado por líderes de outros partidos, é o do Lula. [...] é o nome que será apresentado quando do registro das candidaturas. Neste caso, apenas o presidente Lula pode mudar isso. Ninguém mais. A direção do partido concordou com essa tese e ele também. Se o PT tomar uma outra posição, como isso vai ser visto pelo presidente e pelo povo? Nós estaríamos o traindo. E isso não é recomendável dentro da política. Temos alternativas internas se precisar e temos um campo político”.

Questionado se considera que manter o nome de Lula como candidato do PT é a melhor estratégia neste momento, Wellington Dias diz que o partido não pode desperdiçar a popularidade do ex-presidente petista.

“É a melhor estratégia para o Brasil. Que partido tendo um líder que tem entre 30% ou 35% das intenções de voto nesta fase do ano eleitoral joga isso na lata do lixo? Seria uma irresponsabilidade. Você tem ideia da falta que faz um líder como Luiz Inácio Lula da Silva neste instante no planeta? Qual é o líder que vai coordenar para se contrapor às posições do presidente [Donald] Trump, por exemplo? Ou para harmonizar com as [posições] do presidente da China, da Índia, da Rússia?”, avaliou.

 

Lyza Freitas (Com informações do Uol Notícias)
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