O coordenador da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Baretta, declarou que a doméstica, Gisleide Alves dos Santos, 36 anos, foi morta com 16 facadas, maioria na parte superior do corpo (pescoço e rosto) e dois tiros (um no rosto e outro no ombro). A DHPP aponta como suspeito o namorado da vítima Samuel Lucas Teixeira Araújo, 25, que foi preso na noite de ontem (17) e confessou o crime. O crime aconteceu por volta das 7 horas de quinta (17).

O crime ocorreu no bairro Santa Fé, zona Sul de Teresina, na casa da vítima. Ele foi preso pelo Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual, no posto da Nazária, por volta das 22 horas de ontem (17). O corpo da vítima foi encontrado na tarde dessa quinta-feira pelo próprio filho. 

"Ao que tudo indica, ele ainda deu um soco na face dela porque tinha um dente no chão", relatou o delegado. O revolver calibre 32 e uma faca foram encontrados ainda na casa da vítima. O suspeito trabalha em uma gráfica e tem 25 anos. 

Baretta disse ainda que o suspeito dormiu na casa da vítima e aguardou os dois filhos saírem para a escola. "Ele alega ciúmes, disse que achava que estava sendo traído. Essa foi a justificativa dele para matar a moça", acrescentou.

O coordenando também declarou que a filha da vítima chegou da escola por volta do meio dia e encontrou a casa toda fechada. Acreditando que a mãe queria privacidade com o namorado, foi para a casa da avó. Retornou com o irmão no período da tarde porque não conseguiu contato com a mãe. Então, o filho da vítima encontrou uma maneira de entrar na casa, momento em que encontrou a mãe morta no quarto. 

Gisleide morava sozinha com a filha de 15 anos. O filho, de 19 anos, morava com o avó paterno. Os filhos da vítima são de outro relacionamento. 

Prisão 

"Ele (Samuel) foi preso por volta das 22 horas, os policiais que trabalham no posto próximo à Cerâmica Mafrense chegaram a esse suspeito e ao fazerem o interrogatório com ele, na abordagem, o mesmo confessou que teria praticado o feminicídio. Que teria acontecido no mesmo dia, no bairro Santa Fé", disse o coronel Marcio Oliveira, coordenador geral de Operações da PM.

Depois de preso, Samuel foi conduzido para a Central de Flagrantes. No momento da prisão, O suspeito relatou que discutiu com a vítima antes do crime.

O delegado Francisco Baretta acrescentou ainda que a família do suspeito foi quem o conduziu ao posto policial.  "Temos inclusive que enaltecer que foi a própria família que levou o acusado. Quando viram na imprensa toda a movimentação, a irmã dele com o esposo foram no posto informar à polícia", afirmou.

Delegado Baretta (Foto: Erica Paz)


Carlienne Carpaso e Erica Paz Maciel (Direto da DHPP)
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