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Filme com Domingos Montagner será exibido na Fiepi e trata sobre violência contra a mulher

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O filme Vidas Partidas, que trata sobre violência doméstica, será exibido gratuitamente às 18h desta segunda-feira (21) no auditório da Federação das Indústrias do Piauí, na zona sul de Teresina. Vidas Partidas foi o último filme em que contracenou o ator Domingos Montanier, - que morreu afogado no Rio São Francisco durante as gravações da novela Velho Chico, em setembro do ano passado.

A atriz Naura Shineider, que contracena com Domingos no filme, está em Teresina para participar da sessão de exibição do filme e de uma palestra que haverá depois. A atriz e Eliane Martins, do Conselho Nacional do SESI, deram entrevista ao Jornal do Piauí de hoje e contaram sobre o cenário de violência doméstica o qual o filme retrata.

“É uma realidade bem mais comum do que a gente imagina. Infelizmente, quando a gente se aprofunda nesse tema, a gente percebe que essa historia se repete muitas vezes em qualquer classe social. Infelizmente o Brasil hoje é o quinto país em maior número de violência doméstica, o que é uma estatística preocupante e eu acho que a gente tem que falar sim, discutir este assunto. Fico feliz em saber que o Conselho Nacional do Sesi abraçou o projeto para mostrar esse filme que serve tão bem a essa questão”, falou a atriz.

O filme é totalmente patrocinado pelo Conselho Nacional do Sesi e tem apoio da Federação Nacional da Indústria. 

De acordo com Naura, a temática retratada no filme acaba sendo uma realidade para mulheres de todas as classes sociais, embora seja mais vista comumente entre famílias menos favorecidas economica e socialmente.

“As pessoas menos favorecidas, digamos, socialmente, elas se expõem. Elas têm menos vergonha de contar o que está acontecendo com elas, porque as vezes é muito mais comum na sociedade, no meio em que elas vivem, isso acontecer com a vizinha, com a mãe, com a irmã, com tia, então elas falam mais e tem até mais facilidade de ir a uma delegacia denunciar o seu agressor.

_Já as pessoas que têm uma condição social mais favorecida, elas têm mais vergonha, porque a princípio parece que elas têm mais a perder, e aí vocês podem falar sobre a questão financeira, a social, dos amigos e do meio em que ela trabalha. São pessoas que fazem com que ela fique mais retraída e a vergonha é uma coisa que pesa mais para elas”, acredita a atriz.

Para Eliane Martins, do SESI, a importância do filme gira justamente em torno da temática de grande relevância. “É um tema de grande relevância, que mostra que trabalhamos em prol da sociedade, em projetos sociais. Já levamos o projeto para o Rio de Janeiro e foi muito bom, foi um debate que elucida o tema e faz com que pessoas reflitam. Fomos para o Amapá também e viemos para cá". 

Eliane lembrou que este foi o último filme em que o ator Domingos Montanier contracenou antes de falecer e elogiou o ator.

“Domingos era um doce de pessoa, a gente até brincava com ele porque ele tinha assim uma aparência rude, fisicamente parecia ser um homem bruto e nesse filme as pessoas vão ter raiva dele em determinados momentos, mas ele era uma pessoa extremamente doce, e um colega maravilhoso, excepcional. A gente sentiu muito, a gente teve um contato muito grande, fizemos um laboratório e ficamos muito unidos durante alguns meses antes do filme mesmo, e a gente nunca sabe, cada um tem a sua hora. 

 

Lyza Freitas
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