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Procurador confirma que houve tortura em quartel de Picos

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O procurador Geral de Justiça, Emir Martins Filho, confirmou ao Cidadeverde.com que entregou ao governador Wellington Dias (PT), todas as denúncias comprovadas da prática de tortura no quartel do 4º Batalhão da Polícia Militar em Picos. Ele pediu a exoneração do comandante do 4º BPM, Major Wagner Torres.

Emir disse que levou depoimentos de testemunhas, fotos dos torturados e a defesa do comandante e também o áudio de uma entrevista numa rádio, do próprio comandante.
 

“Todas as denúncias comprovam a prática de tortura no quartel de Picos contra dois presos. Fui à cidade, ouviu pessoas, tive acesso a fotos e passei tudo para o governador, inclusive a ameaça feita pelo comandante ao promotor Elói Pereira de Sousa Júnior, que primeiro denunciou o caso, pedindo uma providência”, destacou o procurador do Estado.

O procurador fez um desagravo contra atuação do comandante do 4º BPM, Major Wagner Torres e dos dois soldados - Vilmar Pereira dos Santos e Anio dos Reis Ricardo - que estão presos, decretada pelo promotor Elói Pereira.

Os militares são acusados de torturar por cinco horas dentro do quartel, dois assaltantes: Edgar da Silva Rocha, vulgo Coelho, e Airon Alves Magalhães. A denúncia foi feita por uma das mães do preso e acompanhada pelo promotor.

A Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil, seção Piauí) também denunciou o crime e também quer punição para os agressores. ,
 
Manifestação dos promotores

O coordenador do Centro de Apoio Operacional aos Promotores Criminais, José Meton de Sousa Filho, informou que dia 28 de outubro os promotores da cidade de Picos manifestaram apoio público ao promotor Elói Pereira, devido às ameaças que estaria recebendo do major Wagner Torres.
 
O objetivo do desagravo foi manifestar que o Ministério Público é um órgão independente. “Estamos com essa preocupação por defendermos um ministério público independente. Há muito tempo ele deixou de ser um órgão que acusa, para defender os direitos do cidadão”, declarou José Meton.
 
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Flash de Yala Sena
Redação Caroline Oliveira
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