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Ginastas desdenham de ameaça de processo da CBG

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Daiane dos Santos e Laís Souza desdenharam da ameaça de processo feita por Eliane Martins, coordenadora da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). As duas ginastas, que afirmaram ter competido as Olimpíadas de Pequim machucadas, não crêem que a entidade irá levar o caso à Justiça. Além disso, não consideram suas declarações ofensivas.



Laís Souza, que nesta sexta-feira participou de um evento em São Paulo, não levou as declarações de Eliane a sério. Prova de que ela não estava em suas plenas condições é de que, há poucas semanas atrás, passou por uma cirurgia para retirada de fragmentos de cartilagem do joelho direito.

"Não vejo porque ela [Eliane] partir para esse tipo de atitude. Todo atleta compete com lesão. Eu costumo dizer que, no dia que eu acordar e não sentir dor, é porque estou morta. Eu competi machucada e sabia disso. Não foi uma acusação. Agora, se ela quiser encarar assim e me processar, é uma escolha dela. Mas tenho certeza que isso não terá futuro", afirmou Laís.

Daiane também enfrentou uma cirurgia no final do mês passado. A gaúcha foi submetida a uma osteotomia, procedimento cirúrgico que tem por objetivo corrigir deformidades do esqueleto. Ela já havia feito outras duas cirurgias no local.

Procurado pela reportagem o advogado de Daiane também mostrou não ter dado importância às ameaças de Eliane Martins. "Eu duvido que ela possa vencer uma causa assim. Se a CBG quiser processar a Daiane, terá que provar que ela não estava machucada. Quem terá de apresentar provas é a entidade, não a Daiane", disse.

Em entrevista ao jornal Diário de São Paulo, Eliane afirmou que também processaria Jade Barbosa. O pai e empresário da atleta carioca, César Barbosa, disse, no começo de setembro, que a filha competiu em Pequim com lesão no punho direito, o que limitou os movimentos de flexão e extensão da ginasta. Barbosa foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações em seu celular.

A ameaça de Eliane é uma resposta às ginastas que reclamaram do tratamento que receberam na sede da CBG durante o período em que serviram à seleção brasileira permanente, em Curitiba.

Jade foi a primeira a disparar contra a entidade, afirmando que era privada de beber água. Depois, Laís e Daiane chegaram a dizer que a dieta a qual eram submetidas não ultrapassava a marca de 800 calorias diárias.

As atletas renomadas não foram as únicas a reclamar da CBG. A ex-ginasta Maíra dos Santos Silva denunciou ter sofrido maus tratos e humilhações por parte da própria Eliane Martins e de treinadores da seleção. Além disso, Maíra reclamou do fato de a entidade ter mentido a ela sobre uma lesão
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