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Maradona diz que "seria preso" com árbitro de vídeo em lance de gol de mão

Michael Steele/Getty Images

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) 

O futebol vive tempos modernos e se prepara para experimentar pela primeira vez o árbitro de vídeo em uma Copa, com a estreia do recurso no Mundial da Rússia. Caso do sistema tecnológico valesse em torneios passados, alguns lances históricos poderiam ser revistos, como o gol de mão de Diego Maradona contra a Inglaterra em 1986.

O argentino marcou duas vezes contra os ingleses no duelo de quartas de final no estádio Azteca, na Cidade do México. No primeiro deles, Maradona desviou com a mão numa disputa de bola com o goleiro adversário Peter Shilton, mandando para as redes. O árbitro tunisiano Ali Bin Nasser não enxergou a infração e validou a jogada, batizada para a posteridade pelo craque como "A Mão de Deus".

Hoje, 32 anos depois, Maradona entende que seu histórico gol poderia ser barrado pela tecnologia. Em entrevista ao ex-jogador francês Robert Pires, o ídolo disse que o árbitro de vídeo invalidaria o lance.

"Eu estaria preso. Não se pode roubar na frente de 80 mil pessoas", afirmou Maradona [na verdade, mais de 114 mil torcedores acompanharam a partida no estádio Azteca].

Mesmo se vangloriando da famosa trapaça, o campeão mundial de 1986 afirmou na mesma entrevista que foi um dos defensores na Fifa do sistema conhecido como VAR (sigla em inglês para "Video Assistant Referee").

"Eu fui um dos que votou pelo árbitro de vídeo", declarou o ex-camisa 10 argentino.

Já testado em algumas competições com a chancela Fifa, como o Mundial de Clubes, o VAR fará sua estreia em Copas na edição deste ano na Rússia.

 

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