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Em cárcere privado, mulher tem fotos íntimas vazadas e polícia apura crime

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O caso envolvendo a prisão de um ex-marido suspeito de espancar, estuprar e manter em cárcere privado a esposa, ganha novos contornos com o desenrolar dos depoimentos. Rodrigo da Mata Dias foi preso no último domingo (03) após a mulher, de iniciais F.L. de B. conseguir fugir e denunciar a polícia. 

Em depoimento para a delegada Anamelka Cadena, a vítima relatou que além dos atos já descritos, o suspeito teria gravado e compartilhado vídeos íntimos enquanto a mantinha em cárcere privado. A informação foi dita nos dois depoimentos dados pela vítima à polícia.

Segundo a delegada Anamelka, a denúncia da vítima será apurada por meio de perícia técnica no aparelho celular que teria sido utilizado pelo acusado para compartilhar o vídeo.

“Ela compartilhou o aparelho que teria sido utilizado para compartilhamento, o qual foi apreendido e a gente já solicitou um pedido de extração de dados judicial, e com a decisão judicial permitindo essa extração de dados a gente vai requisitar a perícia técnica para que faça a extração e a identificação dessas alegações agora de forma formal em um laudo pericial”, afirma a delegada.

Caso confirmado o compartilhamento do vídeo, o suspeito pode ter nova modulação acrescentada ao inquérito, já que o ato se enquadra no crime de difamação, como explica a delegada. “Nesse viés a gente já consegue identificar difamação também, já que terceiro recebeu esse vídeo que foi compartilhado. A gente consegue identificar mais uma modulação dentre outras tantas que já foram identificadas no início do procedimento”, disse a delegada Anamelka.

A polícia também deverá apurar as ameaças feitas pelo marido, já que durante o cárcere ele chegou a citar o caso da cabeleireira morta no mês de maio, Aretha Dantas, e a ameaçando ter o mesmo destino. Esse tipo de ameaça com casos de grande repercussão, relata a delegada, é comum em casos de violência contra a mulher e relatado em diversos inquéritos.

“Não é a primeira vez que a gente consegue observar no inquérito policial. A gente já teve outros inquéritos policiais onde o agressor passou a verbalizar fatos que ganharam notoriedade e repercussão, para intimidar aquela mulher que estava em situação de violência”, disse a delegada.

 

Rodrigo Antunes (Especial para o CidadeVerde.com)
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