FÁBIO ALEIXO
MOSCOU, RÚSSIA (FOLHAPRESS)
Roubada e derretida no Brasil em 1983, a taça Jules Rimet só pôde ser exibida pela Fifa pois a entidade fez uma réplica dela.
Porém, o que pouca gente sabe, é que a base original ainda existe. E quem estiver em Moscou durante a Copa do Mundo poderá vê-la no museu que a Fifa montou em um estúdio da Hyundai na capital russa.
A base que fica permanentemente no Museu de Zurique, aberto em 2016, foi descoberta nos porões da Fifa em 2015.
A peça, uma base octogonal azul, tem dez centímetros e é feita da pedra semipreciosa lapis lazuli.
Ela carrega os nomes dos vencedores das quatro primeiras edições da Copa do Mundo, entre 1930 e 1950, com dois títulos do Uruguai (1930 e 1950) e outros dois da Itália (1934 e 1938).
De acordo com a Fifa, esta base foi retirada da taça após a Alemanha Ocidental ganhar a Copa de 1954 e precisar de mais espaço para estampar seu nome.
Então uma nova foi feita e foi acoplada a taça, que ficou em posse definitiva do Brasil após o título de 1970.
Troféu Jules Rimet de 1930. O original foi roubado mas aqui descobrimos uma curiosidade: parte dele é original. Quem furtou, levou apenas a estrutura de ouro que foi recriada em réplica. A base original foi descoberta nos arquivos da Fifa no fim de 2015. #sbtnacopa pic.twitter.com/6F1w6ircJU
— Patrícia Vasconcellos (@patricia_vasc) 9 de junho de 2018
Foi esta segunda base que acabou sendo roubada.
A Jules Rimet é o ponto alto da exposição que conta com camisas das 32 seleções que disputam a Copa de 2018 e objetos históricos de outros Mundiais, como chuteiras usadas por Pelé e Zidane, camisas de Lev Yashin, entre outros.
É possível também ver todas as bolas da história das Copas e os pôsteres.
Além disso, há videos sendo exibidos com momentos históricos do torneio.
A bolas usadas em cada uma das 64 partidas da Copa serão levadas ao museu que também terá em sua fachada os placares de todos os jogos.
Funcionamento: De 9 de junho a 20 de julho, das 10h às 20h
Entrada: Gratuita