Foto: Federação Peruana de Futebol

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

O Peru enfrenta a Dinamarca no sábado, às 13h (Brasília), na Arena Mordovia, e a presença de Paolo Guerrero entre os 11 titulares ainda não é garantida.
Em entrevista coletiva, o técnico Ricardo Gareca afirmou que o atacante está pronto para jogar, mas preferiu manter o mistério sobre a escalação.

"Ele está muito bem e preparado para jogar. Apesar disso, eu vou esperar até o último momento para definir [se Guerrero estará entre os titulares]. Todo mundo está bem, as decisões são difíceis de fazer quando você vê todo mundo bem", declarou o comandante da seleção peruana.

Ídolo e um dos principais jogadores da equipe peruana, Guerrero era dúvida para a Copa do Mundo até o final de maio, quando conseguiu um efeito suspensivo na Justiça da Suíça contra uma condenação da CAS (Corte Arbitral do Esporte).

O jogador cumpria punição de 14 meses afastado dos gramados por ter traços de benzoilecgonina, um metabólico de coca, na urina após partida contra a Argentina, pelas eliminatórias, em outubro de 2017. A pena retiraria o atacante, de 34 anos, do Mundial, que provavelmente será o único de sua carreira.

O processo dele mobilizou a federação peruana pela presença do atleta na Copa, considerada indispensável. A defesa do jogador usou todos os recursos que tinha em mãos e contou com o trabalho do bioquímico Luiz Claudio Cameron, professor da Unirio (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) e uma das referências brasileiras no assunto.

Além disso, o caso sensibilizou os capitães de Dinamarca, França e Austrália, adversários do Peru na fase de grupos, que enviaram carta à CAS pedindo diminuição da pena.