LEO BURLÁ
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS)
O tom no adeus foi de gratidão e respeito, mas a saída de Abel Braga não é considerada de todo ruim nos bastidores do Fluminense.
Em um clube sem poder de fogo algum para investir no mercado, arcar com cerca de R$ 900 mil com comissão técnica era um fardo muito pesado em um clube atolado em dívidas. Sem esses encargos, o time tricolor ganha um pouco mais de fôlego para reforçar seu elenco.
Apesar desta folga no orçamento, o torcedor não deve esperar grandes contratações. A ordem no clube é ser certeiro nos alvos e observar com total atenção os jogadores de clubes sem tanta expressão no cenário. As negociações com Dodi, Nathan Ribeiro e Luan Peres indicam o caminho a ser seguido.
As possíveis negociações ainda dependem da contratação de um novo técnico, e Paulo Angioni, futuro diretor executivo do futebol do Flu, já trabalha nos bastidores. Zé Ricardo foi cogitado pelo clube, mas não aceitou o convite para ser o substituto de Abel Braga.
O antigo treinador tinha muito prestígio junto à cúpula de futebol, mas não era unanimidade entre conselheiros e diretores, que consideravam Abel importante para gerir um grupo jovem e sem muitos talentos individuais, mas não viam no profissional um nome alinhado com o projeto de futebol do clube a longo prazo.
Sem técnico e ainda com um diretor de futebol que ainda não foi oficializado, o Fluminense aproveita os dias de recesso durante a Copa do Mundo para tentar colocar a casa em ordem. Trabalho não falta.