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Governo contesta relatório do TCE, mas admite atrasos em repasses; assista vídeo

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O governador Wellington Dias (PT) se reuniu com a equipe da Secretaria de Fazenda na manhã desta quinta-feira (21). A pauta do encontro foi o relatório preliminar dos técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que aponta supostas irregularidades na retenção de dinheiro de empréstimos consignados contraídos por servidores estaduais. 

De acordo com o relatório preliminar, no exercício de 2017, o governo deixou de repassar  mais de R$ 200 milhões retidos dos contracheques. Os técnicos do Tribunal apontam que o governo descontou do salário dos servidores e não repassou aos credores R$ 93 milhões referentes a clínicas e hospitais credenciados ao IASPI e ao Plamta, R$100 milhões dos bancos credenciados para empréstimos e financiamentos e R$ 6 milhões para entidades representativas de classe totalizando R$ 200 milhões.

O superintendente do Tesouro Estadual, Emílio Júnior, confirma os atrasos nos repasses, mas contesta os valores apresentados no relatório. Segundo ele, os números seriam bem menores do que o apontado pelos técnicos do TCE. “Pelos primeiros números que já analisamos, isso não chegaria a R$ 40 milhões. O governo também apresentou proposta ao sindicato dos hospitais e clínicas, junto ao Ministério Público, pedindo um prazo que o estado vai colocar tudo em dia até agosto”, disse.

Emílio também questionou o número da dívida apresentada pelo TCE com relação ao repasse aos bancos. Segundo ele, o passivo a ser pago representa 10% do valor apresentado pelo TCE. “De acordo com o número preliminar, esse valor não chegaria a R$10 milhões e o Estado já trabalha o plano de atualização esse valor”, disse. Em relação aos sindicatos, o superintendente afirma que não há atraso no repasse dos repasses. Ele cita a queda das receitas e as dificuldades financeiras do Piauí.

“O FPE para o mês de junho teve queda. A segunda cota desse mês veio com 23% a menos do que o ano passado. O dia 30 de junho vem 18% a menos do ano passado. O Estado tem que apertar o cerco. Esperamos que as receitas entrem para regularizar a situação”, destacou.

Oposição contesta

Na Assembleia Legislativa do Estado, a oposição acusou o governo de desviar o recurso que deveria ser passado às intituições financeiras

Lídia Brito

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